A urgência por práticas de inclusão no varejo se tornou um celeiro propício às soluções das retailtechs, startups que desenvolvem tecnologias que ajudam a provocar transformações no setor.
Não apenas a forma de comprar está se tornando mais acessível como também o consumidor está exigindo um olhar mais diverso do mercado. Nesse último ponto, as HRtechs são aliadas.
O varejo, assim como as retailtechs, vive o momento da centralidade no cliente, em que nunca se falou tanto de conexão com as vontades e os propósitos dos shoppers.
E a pauta da diversidade e inclusão (D&I) está dentro do que prevê o environmental, social, and corporate governance (ESG) e, de acordo com o estudo da Accenture How inclusion and diversity drive shoppers’ behavior, no radar dos consumidores.
O levantamento revelou que os compradores esperam de marcas e de empresas o posicionamento em debates sociais, mostrando que 42% das pessoas de grupos étnicos minoritários pagariam 5% a mais em empresas do varejo compromissadas com diversidade e inclusão.
Nesse sentido, há outro dado que vem de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+: 41% dos shoppers desse público também comprariam de marcas cujas políticas fossem voltadas a D&I.
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O tema também foi debatido durante a NRF 2022 em painéis que destacaram a importância de diversificar times. Entre as questões levantadas no evento internacional estão a equidade e a igualdade de gênero entre lideranças, diferenças geracionais e como construir uma cultura voltada à diversidade.
A construção de uma cultura centrada na diversidade é uma das preocupações do varejo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Isso significa que as retailtechs precisam assumir o compromisso de ajudar a modificar a estrutura e atacar a raiz do problema para atender às necessidades dos compradores.
A tecnologia é aliada para criar desde design adaptável e atendimento por voz até desenvolver coleções de roupas com numeração mais versátil. Questões como evitar o racismo e a exclusão nos meios de pagamento por imagem ou na hora de garantir crédito também estão em pauta.
Conheça a seguir algumas das soluções de startups para tornar o varejo mais inclusivo e diverso.
A diversidade é uma das bases que possibilita a inovação, seja no varejo ou em qualquer outro setor, pois as experiências diferenciadas ampliam o olhar para questões importantes. Por isso, algumas empresas tradicionais do varejo têm recorrido a HRtechs para melhorar a seleção de colaboradores.
A startup de impacto social Nohs Somos, que atua com consultoria, orienta que o processo de inclusão e de diversidade nas empresas comece com a coleta de dados de diversidade interna em uma análise da demografia social da organização.
Esse olhar para o quadro de colaboradores consegue apontar as necessidades de mudança nas empresas, com dados que podem ser coletados por meio de pesquisas em plataformas desenvolvidas por HRtechs.
Após o diagnóstico, desenvolve-se um plano de ação construído de forma colaborativa para consolidar a D&I na cultura organizacional. E para isso é preciso olhar para dentro!
Da mesma forma, o Female Founders Report 2021, realizado por Distrito, Endeavor e a startup B2Mamy, revelou que apenas 4,7% das startups brasileiras foram fundadas só por mulheres. Em contrapartida, segundo um estudo da Kauffman Foundation, empresas comandadas por mulheres geram 10% a mais de receita.
Olhar para dentro também é fundamental para a consolidação da D&I. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
A acessibilidade diz respeito também a diferentes canais de venda desenvolvidos por retailtechs. A coleta de dados de hábitos de consumo do público-alvo mostra qual é a melhor forma de atendê-lo.
O futuro do varejo está sendo traçado agora e uma certeza é que D&I farão parte dele. E, como você pôde ver, as startups serão uma peça fundamental para a construção desse cenário.
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Fonte: Accenture, Portal RH, Exame, Storm5, Distrito, Oasis lab, Nohs Somos