Assim como qualquer projeto que busca alcançar o sucesso, ter uma boa liderança faz toda a diferença na jornada de startups rumo ao crescimento. Mais do que ser responsável pela gestão, essa pessoa precisa guiar a empresa no caminho certo do processo de consolidação, com o papel de dar o primeiro passo, manter todos alinhados e fiéis ao que foi definido e focados em não desistir. O otimismo do bom líder é a mola propulsora que permite que um negócio vá para frente mesmo em um cenário de incertezas.
Apesar de o objetivo da liderança ser quase o mesmo em todas as empresas, nas startups existe um desafio em dobro e que é potencializado pelo perfil dessas organizações. Como o empreendimento está em busca de “um lugar ao sol” em meio a outras centenas, um bom líder deve atuar como um guia para nortear todas as ações desenvolvidas, tendo um mundo de opções ainda não testadas e desafios que não encontraria em um negócio já consolidado, estruturado ou até mesmo mais engessado ou em um contexto diferente de mercado.
Tendo as startups um modelo de negócios em busca de validação, uma liderança convicta, firme e certa do que precisa ser feito tende a deixar a equipe focada e engajada de acordo com os objetivos traçados. Manter o clima organizacional em alta torna o caminho mais leve, dinâmico e prazeroso, o que pode contribuir diretamente com os resultados dos negócios.
O bom líder precisa estar firme e convicto dos objetivos da empresa no desafio de manter a equipe alinhada e otimista. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Manter a equipe alinhada é fundamental
Um bom líder tem em mente que é preciso trabalhar apresentando ideias claras e alinhadas ao propósito da empresa, além de saber exatamente em que lugar a empresa está naquele momento e aonde espera chegar no curto, no médio e no longo prazo. Isso passa por manter todos alinhados, falando a mesma língua, utilizando estratégias constantes de comunicação interna.
Mais do que isso, o líder precisa definir qual é a tarefa e a responsabilidade de cada um e as classificar por complexidade e importância. Como a empresa está fortemente voltada ao crescimento, o trabalho do grupo e o individual precisam ser monitorados de perto. O papel da liderança não é apenas delegar atividades, mas também apoiar e ajudar todos a seguirem focados. Para que dê certo, os colaboradores precisam sentir que são capazes de ajudar a atingir os objetivos.
O bom líder em startups precisa, ainda, ter um olhar aprimorado e estratégico para identificar talentos de colaboradores ainda não totalmente revelados e reconhecidos, mas com capacidade de ser um diferencial para a empresa. Pode atuar incentivando a desenvolver essas habilidades e atingir potencial, o que pode reduzir a rotatividade de pessoas e ainda fazer que a empresa obtenha uma posição mais forte no mercado, com reputação positiva e foco na margem de lucro.
O olhar estratégico do bom líder é um diferencial para a empresa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
A liderança também precisa estar aberta a receber feedbacks da equipe sobre a condução do processo, assim como aceitar sugestões de como melhorar esse progresso. Uma política de portas abertas permite que os colaboradores procurem o gestor para obter conselhos e apresentar ideias, afinal a diversidade de perspectiva e opinião enriquece o desenvolvimento inovador das empresas. Apoiado fortemente pela tecnologia, esse aspecto está na essência e é a base de qualquer startup.
A busca por alternativas
O bom líder tem a capacidade de buscar as alternativas certas para cada etapa do processo. Pode ser que a startup não necessite de investimentos, e sim de conhecimento, apoio, insights ou informações valiosas que ajudem a solucionar algum gargalo. Cabe, portanto, à liderança estar apta a mudar os rumos quando e se necessário.
Esse movimento requer estar antenado e informado sobre tudo o que acontece no setor em que a empresa atua. Qualquer modificação nesse cenário, como uma mudança no comportamento de clientes ou a entrada de uma nova tecnologia, exige novas ações e respostas rápidas não só para o mercado, mas também para o público interno. Para não perder espaço para a concorrência, é como se a liderança precisasse “trocar o pneu com o carro andando”.
Saber delegar de maneira eficaz e contar com uma rede de apoio eficiente são dois pilares fundamentais que podem liberar a liderança para pensar em assuntos mais estratégicos como um todo e ajudar a reduzir o alto nível de estresse. Se por um lado um líder tem a capacidade de levar sucesso ao negócio, por outro ele tem o potencial para comprometer todo o trabalho, que pode estar fadado ao fracasso.
Não saber atender ao que o cliente espera e deixar o produto ter uma reputação ruim no mercado são apenas dois exemplos de uma má liderança e que podem levar uma empresa ao fracasso. Uma falha nesse processo que envolva, principalmente, funcionários, pode fazer não apenas que eles se sintam pessimistas e em dúvida com relação ao futuro da empresa, mas também leve à insatisfação com a carreira.
Cabe ainda ao bom líder identificar possíveis ruídos de comunicação, gerir conflitos internos e agir rápido para evitar situações como sobrecarga de trabalho, problemas de saúde mental e conflito entre equipes.
Tirar uma ideia inovadora do papel não é uma jornada fácil, assim como fazer todos acreditarem e investirem nela, ver as soluções se concretizando, indo para o mercado e atendendo às demandas de clientes. Nada disso é possível sem uma boa liderança que mantém a equipe trabalhando com paixão e entusiasmo. No rol de desafios está atuar com eficiência, dinamismo e forte pitada de otimismo e profissionalismo.
O bom líder se adapta aos desafios prioritários a depender do estágio em que a empresa se encontra. Na fase de desenvolvimento, os entraves podem não ser os mesmos da etapa de crescimento, por exemplo, mas, de qualquer forma, a essência é a mesma. Como as startups correm contra o tempo, não há lugar para procrastinação nem para desvios como excesso de trabalho. Achar esse ponto ideal é o desafio de um líder de startup.
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