Tecnologia, solução de problemas e praticidade. As ideias podem variar entre si, mas a proposta é a mesma: tornar a vida do consumidor mais fácil. E, nessa jogada, o tradicional setor de seguros não "come poeira".
O cenário é próspero para as insurtechs na América Latina, especialmente para as brazucas. Das mais de 300 startups mapeadas pela consultora Digital Insurance LatAm, 146 são brasileiras, sendo que os investimentos nelas são impulsionados pelo nosso jeitinho único de ser: criativo e diverso.
Processos simplificados são diferenciais
Se a receita pede criatividade e diversidade, as insurtechs logo criam espaços para romper com processos burocráticos que dificultem a jornada dos consumidores.
As startups de seguros beneficiam tanto consumidores como corretoras, colaborando para o crescimento e a automatização da indústria. (Fonte: Gustavo Fring/Pexels/Reprodução)
O ecossistema baseado na colaboração é a aposta do setor tech para alcançar seus objetivos, uma vez que 51% das startups de seguros brasileiras prestam serviços ao mercado tradicional, segundo o estudo LatAm Insurtech Journey 2021, desenvolvido pela Digital Insurance LatAm.
Além de diminuir a burocracia, essas empresas também:
- minimizam taxas;
- são movidas por dados;
- automatizam e agilizam processos;
- oferecem maior capacidade de acesso à contratação de seguros;
- reduzem o tempo de resposta a reclamações dos consumidores.
Mercado tradicional também se beneficia
Engana-se quem acredita que somente o mercado da tecnologia colhe os frutos da transformação digital nos setores. Os seguros de vida, de imóveis, de veículos e outros que você pode precisar contratar passam a ser geridos e vendidos em uma dinâmica que colabora para o mercado nacional e global.
Para as corretoras, a colheita leva à:
- redução de custos;
- atração de novos clientes;
- melhoria na experiência do consumidor e nas equipes;
- modernização e personalização de produtos e serviços;
- expansão da segurança de dados e da gestão de riscos.
Frentes de atuação das insurtechs brasileiras
As 146 startups de seguros brasileiras são divididas de acordo com suas atividades, que podem atender:
- novos modelos de negócios;
- distribuição de seguros;
- serviços para seguradoras e intermediários.
O que acontece a partir dessas três frentes de atuação é a evolução do mercado segurador, tudo com base em dois conceitos mágicos: inovação e transformação digital.
O futuro das startups é promissor, mas há desafios a serem contornados, como a regulamentação e a burocracia de um setor tão tradicional. (Fonte: Scott Graham/Unsplash/Reprodução)
Quais são os desafios?
Apesar do ecossistema colaborativo e do esforço das insurtechs para ajudar a desburocratizar a contratação de seguros, a legislação não acompanha a velocidade do digital. Esse é um dos desafios do setor, que em alguns casos pode trazer consequências como custos mais elevados para manter e adaptar startups.
Além disso, quem trabalha com tecnologia já sabe que a digitalização facilita a jornada de compra dos consumidores, mas também conta com resistência quando o assunto são mercados mais tradicionais, como o das seguradoras.
A ideia nesse sentido é, então, que a cooperação entre grandes players e startups seja mais um passo para derrubar objeções, demonstrando ao público como a tecnologia pode ser a aliada ideal para suprir as suas demandas.
Oportunidades em alta
Novos modelos de negócios são a aposta do ecossistema brasileiro de startups de seguros, e a explicação está em caixinhas de areia. É isso mesmo que você leu!
A piadinha infame é para falar do modelo sandbox, que permite uma digitalização do setor de forma mais palpável no Brasil, pois esse modelo funciona como um laboratório experimental no fomento da inovação a custos regulatórios menores.
Assim, as oportunidades começam a florescer de maneira mais estratégica, e o setor é impulsionado pelas possibilidades de investimento, que, em 2021, alcançaram o número de 10 bilhões de dólares investidos no mundo todo, segundo o relatório Insurtech Global Outlook 2022, da NTT Data.
Futuro com inteligência artificial (IA)
Apesar de próspero, esse ainda é um mercado em ascensão na América Latina e no Brasil. Para aqueles que querem sair na frente, é bom "abrir os olhos" para as oportunidades que o futuro da indústria de seguros aponta.
Estudos apontam que o mercado de seguros têm um caminho guiado pela personalização de produtos e serviços para atender a demandas de consumo quase instantâneas. (Fonte: Pexels/Reprodução)
A melhor amiga desse futuro é a inteligência artificial (AI), mapeada pela McKinsey & Company a partir de quatro vertentes:
- dados de dispositivos conectados — estima-se que cerca de 1 trilhão de dispositivos estejam conectados até 2025, permitindo que as corretoras compreendam melhor as necessidades de seus clientes;
- robótica física — o setor precisará adaptar serviços e produtos oferecidos pela influência maior da robótica, que passa a ter imóveis impressos em 3D, drones automatizados, robôs cirúrgicos etc.;
- ecossistemas de código aberto — a regulamentação e a segurança cibernética entrarão em cena para que instituições públicas e privadas possam criar ecossistemas de código aberto para compartilhamento de dados;
- tecnologias cognitivas — elas vão liderar o processamento de dados, levando seguradoras a terem acesso a adaptações com resposta a novas demandas em tempo real.
Colaboração no mercado de seguros
A empresa global Deloitte mandou seu recado: o futuro aponta cada vez mais para a necessidade de conversa entre o mercado tradicional e as startups, que surgem para apoiar as seguradoras por meio de um ecossistema empresarial mais diverso e inovador.
Mas é preciso atenção e estratégia para que esse apoio vá além e promova a reinvenção de fato. A saída, então, será liderada pelas corretoras na junção dos recursos das startups com seus próprios, a fim de resolver desafios de negócios e demandas dos consumidores.
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Fonte: Whow!, Infocar, Sydle, LatAm Insurtech Journey 2021, Onli, McKinsey &, Company, Deloitte