Como a gamificação impacta o setor de edtechs?
Converse com um educador e um estudante sobre o ensino durante a pandemia de covid-19 e você vai perceber como o modelo tradicional não suporta mais as demandas de um estilo de vida não presencial. Mas o que aconteceria se escolas e professores passassem a usar os jogos para ensinar? É o que edtechs no Brasil e no mundo estão se questionando ao olhar para o mercado de gamificação.
Gamificação ganha força no Brasil
Sentar e ficar horas em frente à tela de notebooks, tablets ou smartphones só ouvindo pode ser muito cansativo. Por isso, novas metodologias foram desenvolvidas para tornar o ensino mais atrativo, cativando alunos.
Mais do que se divertir, os jogos podem ser uma forma de aprender. É essa a proposta da gamificação, metodologia que pode ser usada não só na educação, como também no mundo corporativo.
A possibilidade de acompanhar a própria performance é um dos elementos-chave da gamificação no ensino. (Fonte: Pexels/Reprodução)
Segundo a Pesquisa Game Brasil 2022, os brasileiros adoram um bom jogo, sendo que 74,5% dos entrevistados disseram usar alguma plataforma para jogar, representando um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior.
Os porquês estão na dinâmica dos jogos, que cativam estudantes pelos elementos:
- mecânicos — nada mais incrível do que ver o seu progresso em sala de aula e poder receber feedback instantâneo;
- pessoais — alcançar o topo do ranking de classificações é uma das premissas da gamificação, instigando alunos a se sentirem mais confiantes e colaborarem com outros colegas;
- emocionais — uma jogada por dia para alimentar a alma e mandar o estresse embora é o que esse universo incrível promete.
Técnica pedagógica é vantajosa não só para alunos
De fato, alunos ficam mais interessados, podendo aprender conceitos de uma forma muito mais dinâmica, mas se engana quem pensa que os benefícios se restringem a eles, afinal, a gamificação é o futuro da inovação na indústria de edtechs.
Os diferentes elementos desse modelo de ensino facilitam o aprendizado e aproximam tanto alunos como professores na construção de novas propostas pedagógicas.
Mercado de edtechs e de gamificação "andam de mãos dadas"
Para transformar a educação no Brasil, as edtechs estão focando em soluções inovadoras para o ensino. Há esforços significativos direcionados para o financiamento estudantil por meio de bolsas de estudos, crédito e crowdfunding, por exemplo.
Seja qual for o foco, os mercados de edtechs e de gamificação andam de mãos dadas e retroalimentam soluções gamificadas para diferentes finalidades que vão além da metodologia de ensino em si.
A relação entre edtechs e soluções gamificadas é frutífera, possibilitando às startups o aprimoramento de seus produtos e a criação de novas soluções. (Fonte: Pexels/Reprodução)
Setores estão em alta e prometem crescer ainda mais
Está em dúvida se vale a pena investir nesse setor? Prepare o coração, porque o mercado global de gamificação tem projeção de crescimento anual de 29% no período de 2021 a 2027, podendo chegar à casa dos bilhões, de acordo com o relatório da consultora global BlueWeave.
Os principais fatores que impulsionam esse mercado são:
- adoção da educação digital;
- priorização do processo de aprendizado;
- aumento no uso de dispositivos conectados, como smartphones e tablets.
E, claro, não é de surpreender ninguém que esses fatores também impactam as startups do setor educacional, que têm estimativa de valer 230 bilhões de dólares até 2028.
Gamificação possibilita que edtechs criem novas soluções
O mercado tech, que de "bobo" não tem nada, observa todos os elementos e benefícios que o modelo gamificado de ensino oferece a professores e alunos, pois, assim, as edtechs podem coletar dados importantes para manter e aprimorar a experiência do usuário em suas plataformas.
O ensino gamificado também contribui para uma relação menos estressante entre alunos e professores. (Fonte: Julia M Cameron/Pexels/Reprodução)
Além de conectar interatividade, engajamento e recompensa, a gamificação beneficia os envolvidos com:
- aumento do envolvimento nas aulas — alunos desenvolvem a capacidade de concentração em determinado assunto, além de comparecerem mais em sala de aula, de forma virtual ou não;
- recebimento de feedback — quando é possível acessar a performance individual, fica mais fácil entender quais são os pontos necessários para aprimorar o aprendizado;
- possibilidade de conexão entre pessoas — as competições amigáveis levam os alunos a interagir em um novo formato, estimulando-os a colaborar entre si.
Quem já ouviu que é preciso dar para receber? No modelo gamificado, essa é a mais pura verdade. Plataformas criam ambientes mais envolventes e os alunos se sentem mais instigados a se desafiarem para ganhar recompensas.
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Fonte: Tecmundo, World Government Summit, BlueWeave Consulting, eLearning Industry, PR Newswire, i am neo