O ecossistema de startups do Brasil é considerado o melhor da América do Sul e ocupa a 26ª colocação em um ranking do Global Map of Startup Ecosystems elaborado pela StartupBlink. O cenário brasileiro de inovação é promissor para iniciativas de hubs nos setores de comércio eletrônico, varejo, transporte e educação.
O país tem 34 cidades classificadas entre os mil melhores locais para o desenvolvimento de startups. São Paulo (SP) lidera o ranking nacional e está na 16ª posição global. A capital paulista é seguida por Curitiba (PR) e pelo Rio de Janeiro (RJ).
Nos últimos anos, o Brasil viu seu ecossistema florescer e fechou 2021 com mais de 13 mil startups, um crescimento de 218% em relação a 2016, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). O ambiente ainda conta com pelo menos 60 aceleradoras e investimentos anuais superiores a R$ 10 bilhões.
O hub de inovação pode conectar ideias complementares para potencializar seu desenvolvimento. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Um ecossistema de startups é um sistema interdependente de comunidades, organizações, recursos e provedores de serviços que apoiam o crescimento de startups em determinado local, seja uma cidade específica, seja uma região, seja um complexo de edifícios. Os empreendedores usam o conjunto de recursos disponíveis para criar e escalar novos negócios.
Para funcionar, o ecossistema necessita de alguns itens que fornecem rede de suporte e condições necessárias para o desenvolvimento de soluções inovadoras. Confira quais são eles a seguir.
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Os ecossistemas são celeiros de unicórnios. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Os elementos de um ecossistema de startups não são controlados de forma central, mas estão interconectados de forma que possam atuar coletivamente. Quando há a reunião de talentos e rede de apoio no mesmo lugar, muitas soluções inovadoras podem se complementar, aumentando a sinergia dos esforços e permitindo o aumento de escala dos negócios.
O compartilhamento de conhecimento e a colaboração estão nos alicerces do ecossistema. Essa união não é em vão e fornece uma importante rede de suporte para o desenvolvimento. Mais de 90% dos unicórnios, aquelas startups que ultrapassaram US$ 1 bilhão em valor, surgiram em 1 dos 15 principais hubs globais.
O professor Daniel Isenberg, da Babson College Executive Education, uma escola especializada em programas e consultoria para inovação e crescimento empresarial, publicou um roteiro na Harvard Business Review que apresenta bem os principais diferenciais e características essenciais de um ecossistema de inovação. Resumimos a seguir:
Uma cultura arraigada pode atrapalhar e até enterrar uma boa ideia, principalmente se existem regras ou normas que travam ou impedem o desenvolvimento de novos empreendimentos. Não raramente, é necessário ter colaboração com agentes governamentais e a sociedade civil para tornar a regulação amigável à inovação.
Os clusters de inovação são capazes de alavancar o potencial das ideias, mas isso não acontece automaticamente. Ainda que as startups busquem crescimento rápido, é importante que o ecossistema cresça de forma orgânica, por meio das próprias parcerias e conexões geradas..
A colaboração entre players por meio da prática da inovação aberta, por exemplo, colabora tanto para a evolução das startups e corporações como do ecossistema e desenvolvimento tecnológico de forma ampla.
Quer participar de um hub que apoia a movimentação do ecossistema? Venha para o Cubo Itaú, uma importante comunidade de fomento ao empreendedorismo na América Latina.
Fonte: Startupblink, Harvard Business Review, Bain, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Hubbublabs