Smart cities: como a tecnologia ajudará a mobilidade urbana

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O futuro das cidades é a integração delas com a tecnologia. O conceito mais amplo dessa junção são as smart cities, ou cidades inteligentes, nas quais o planejamento urbano envolve inovação e globalização. 

Entre os benefícios que uma smart city pode ter estão melhorias em mobilidade, meio ambiente, economia e qualidade de vida. Quer entender como a tecnologia e a inovação ajudam a tangibilizar essas transformações? Siga a leitura deste texto!

Como surgiu o conceito

O termo “smart city” surgiu em 1992. O primeiro livro a descrever o conceito  foi The Technopolis Phenomenon: Smart Cities, Fast Systems, Global Networks, editado por David V. Gibson, George Kozmetsky e Raymond W. Smilor, no qual os autores debatem a construção de um projeto de desenvolvimento urbano apenas sob uma perspectiva econômica. Desde então, a academia se dedicou a estudar o conceito e contribuir para o desdobrar até chegar ao que se entende hoje como smart city. 

Em 2007, o estudo Smart Cities – Ranking of European Medium-sized Cities propôs que as cidades inteligentes fossem mais centralizadas nas pessoas, incluindo abordagens para melhorar o uso de recursos naturais e econômicos com o uso de tecnologia. O objetivo era assegurar a qualidade de vida nos ambientes urbanos com soluções que protegessem o meio ambiente e tivessem um olhar mais social.  

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A tecnologia pode ajudar na qualidade de vida das pessoas. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

No Brasil, o debate sobre cidades inteligentes foi iniciado em 2014, com a Copa do Mundo. O evento internacional mostrou a necessidade de se incluir soluções para melhorar a mobilidade e os projetos urbanos das cidades que foram sede dos jogos. Isso se repetiu em 2016 com as Olimpíadas. Esses marcos revelaram desafios urbanísticos que poderiam ser otimizados com inovação e tecnologia. A partir daí, projetos de infraestrutura começaram a ser pensados com soluções inovadoras, mesmo que de forma experimental. 

A Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, assinada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, define smart cities da seguinte forma: 

“Cidades comprometidas com o desenvolvimento urbano e a transformação digital sustentáveis, em seus aspectos econômico, ambiental e sociocultural que atuam de forma planejada, inovadora, inclusiva e em rede, promovem o letramento digital, a governança e a gestão colaborativas e utilizam tecnologias para solucionar problemas concretos, criar oportunidades, oferecer serviços com eficiência, reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas, garantindo o uso seguro e responsável de dados e das tecnologias da informação e comunicação”. 

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Projetos de smart cities preveem soluções para melhorar a mobilidade. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

O documento foi criado em conjunto com vários setores da sociedade e prevê objetivos estratégicos que condizem com a Nova Agenda Urbana, elaborada em 2016 durante a Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável. 

A carta estabelece o cumprimento de uma Agenda Brasileira para Cidades Inteligentes na qual estão descritos princípios, diretrizes e objetivos estratégicos voltados à transformação digital. Apesar de ser um movimento público que inclui todo o país, o documento prevê que cada município faça adaptações das orientações conforme as próprias necessidades. 

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O conceito de cidade inteligente é bastante amplo, por isso é multidisciplinar, afinal a proposta é oferecer melhorias na cultura urbana que permitam que os cidadãos tenham melhores condições para trabalhar, morar, locomover-se e ter contato com meio ambiente. Assim, a tecnologia e a inovação têm um celeiro de possibilidades a serem exploradas. 

Benefícios para a cidade e o meio ambiente

O planejamento das smart cities estabelece melhorias em serviços essenciais que impactam o meio ambiente. Entram nesses quesitos o uso da água, o tratamento de esgoto e a coleta de resíduos. Além disso, há estratégias para melhorar a qualidade do ar, o uso racional de energia e o gerenciamento de áreas de risco. 

Outro ponto importante é  o monitoramento inteligente da emissão de dióxido de carbono (CO2) e do descarte de materiais tóxicos no meio ambiente, além de construções sustentáveis, com jardins suspensos para controle de temperatura, isolamento acústico, captação de energia solar e reaproveitamento da água.

Na mobilidade, o desenvolvimento de soluções com base em eletrificação, automação e compartilhamento pode contribuir ainda com a redução das emissões de CO2. E esses são só alguns exemplos. 

Impacto nos negócios

Startups e empresas de tecnologia podem acompanhar o setor e inovar em soluções específicas para as cidades, além da possibilidade de realizar parcerias com o poder público. Hoje já há exemplos de como as smart cities brasileiras estão avançando. 

Municípios como Campinas (SP) e Rio de Janeiro (RJ) usam tecnologia para melhorar a gestão da cidade. O acesso automatizado de serviços públicos é realidade em Florianópolis (SC). Mobilidade e segurança também estão passando por uma transformação digital em São Paulo (SP) com o bilhete eletrônico, que pode ser usado em diferentes modais. Já na área da Saúde, Vitória (ES) utiliza prontuários eletrônicos e agendamento de consultas pela internet. 

O Cubo Smart Mobility, hub do Cubo Itaú dedicado à mobilidade, visa contribuir com o conceito de smart cities e transformar o deslocamento das pessoas nas cidades por meio do fomento ao empreendedorismo tecnológico. Conheça a iniciativa!   

Fonte: Summit Mobilidade, National Geographic, Governo Federal, Unesco, Connected Smart Cities, Folha de S.Paulo

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