Negócios de impacto: o que são e qual é o papel deles na sociedade

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Gerar soluções a partir de um propósito maior do que o lucro é o que diferencia uma empresa tradicional dos negócios de impacto. Eles são modelos de desenvolvimento de produtos e serviços baseados em um objetivo social ou ambiental que façam a diferença para a construção de uma sociedade melhor. 

Diferentemente das organizações não governamentais (ONGs) e do governo, porém, os negócios de impacto trabalham dentro da lógica de mercado, ou seja, buscam um retorno financeiro para gerar lucro e, assim, continuar funcionando.

Dessa forma, reúnem empresas que funcionam no formato tradicional de geração de lucro a partir de um propósito socioambiental, fazendo que os resultados ultrapassem o valor monetário e cheguem até os desafios da sociedade em vários aspectos

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Negócios de impacto geram resultados que chegam à sociedade (Crédito: Freepik/Reprodução)

Negócios de impacto geram resultados que chegam à sociedade (Fonte: Freepik/Reprodução) 

 

O que faz um negócio de impacto 

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), os negócios de impacto são caracterizados por quatro fatores que, juntos, constituem um propósito que vai além do lucro, mas não o exclui. Veja quais são eles. 

  1. Objetivos baseados em problemas sociais ou ambientais: o propósito de um negócio de impacto deixa clara a missão de solucionar um problema relacionado à sociedade ou ao meio ambiente, o que pode acontecer a partir dos objetivos listados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento sustentável. 
  2. Uma solução de impacto como principal atividade: mais do que só executar uma atividade que gere impacto social, o negócio precisa ser baseado nele como principal entrega. Isso significa que a mesma função principal da empresa gera receita e resultados para a sociedade. 
  3. Operação de acordo com o mercado, buscando um retorno financeiro: apesar do propósito social, um negócio de impacto funciona no modelo tradicional de empresas e startups em geral. Deve, então, ter o funcionamento a partir de receita própria, gerando venda e lucro. 
  4. Monitoramento do impacto gerado: o compromisso com o acompanhamento dos indicadores de impacto faz parte do propósito, que deve medir o retorno financeiro gerado ao mesmo tempo que entende e mensura os resultados sociais. 

Com essas características, um negócio pode ser considerado de impacto funcionando a partir da lógica de mercado e ainda refletir soluções que interferem nas dinâmicas social e ambiental. 

Leia também: Energia: qual o papel do setor na agenda ESG e de descarbonização? 

Inovação e negócios de impacto 

Se pararmos para pensar na inovação como impulsionadora de soluções para problemas reais a partir de cenários de incerteza, fica fácil a relacioná-laar aos negócios de impacto. A busca de ideias diferentes para interferir no modelo tradicional que vivemos e gerar resultados relevantes é a base da inovação e o que motiva a criação de negócios de impacto. 

Essa relação faz desse tipo de atividade um exemplo clássico de criação de startups e soluções focadas em propósito, muitas vezes direcionadas a questões sociais e ambientais. A partir da criatividade e da colaboração, são formados modelos de negócio pautados na inovação como ferramenta para resolver problemas e gerar desenvolvimento. 

Assim, a geração de ideias inovadoras e o desenvolvimento de negócios de impacto são partes fundamentais do processo de estabelecimento de ecossistemas sustentáveis e geradores de mudanças. Tudo isso faz que a economia cresça a partir de negócios prósperos e lucrativos ao mesmo tempo que a sociedade se desenvolve com soluções palpáveis e acessíveis. 

 Cuidar do planeta e da sociedade sem abrir mão da geração de lucro (Crédito: Freepik/Reprodução)

Cuidar do planeta e da sociedade sem abrir mão da geração de lucro. (Fonte: Freepik/Reprodução) 

 

O papel do empreendedorismo de impacto 

O propósito dos negócios de impacto faz surgir diversos tipos de organização que buscam soluções inovadoras em áreas como educação, saúde e finanças. Essa união do segundo setor (empresas privadas e mercado) com o terceiro setor (organizações sem fins lucrativos) é muitas vezes chamada de empreendedorismo social, caracterizando um formato de negócio que busca resultados sociais. 

O conceito leva o mercado a entender e se adaptar a modelos que mesclam o formato tradicional de geração de lucro com objetivos focados na vida social. Todo esse movimento estimula a criação de ideias que envolvem tanto o desenvolvimento econômico quanto a disseminação de práticas mais empáticas e humanas, gerando um conjunto de atributos e objetivos que fomentam um crescimento cada vez mais responsável e sustentável. 

Quer saber mais sobre como a inovação pode ser aplicada a desafios socioambientais? Confira outros conteúdos do blog do Cubo!

Fonte: Portal da Indústria, Sebrae, Semente Negócios

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