Importância da inovação nas corporações: por que colocá-la em prática?

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A inovação desempenha um papel vital nas corporações, impulsionando seu crescimento e competitividade, além de ser uma peça-chave para a estratégia em diferentes momentos do negócio.

Seja em uma perspectiva de curto, médio ou longo prazo, adotar boas práticas que estimulem a inovação contribui para que as organizações se mantenham relevantes em seus mercados, por meio de melhorias incrementais ou da oferta de novos produtos e serviços. 

A seguir, apresentaremos o conceito de inovação, suas principais vantagens e dicas para transformá-la em realidade no negócio. 

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Inovação: conceito

De modo geral, a inovação pode ser definida como o processo de geração de ideias. Nos negócios, essas ideias visam  agregar valor à organização e aos seus clientes 

Joseph Schumpeter (1883-1950), um dos primeiros teóricos a abordar o tema, descreveu a inovação como um processo de “destruição criativa” 

Em sua tese, o economista e cientista político austríaco avalia que as novas invenções destroem antigas indústrias e métodos de produção. E isso não é de todo negativo, uma vez que abre caminho para que sejam criadas outras formas de crescimento econômico. 

lâmpada em fundo preto com nuvem representando pensamento desenhada de giz em volta

A inovação deve ser peça importante na estratégia de longo prazo dos negócios. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Aproximando do contexto corporativo, o processo acontece de forma semelhante por meio do aprimoramento e elaboração de novos processos, produtos ou serviços. 

Nesse sentido, um ponto importante é a escalabilidade. As ideias inovadoras devem seguir dois passos fundamentais: serem viáveis na prática e proporcionarem benefícios reais à organização.  

Isso significa que, se uma ideia não for replicável, tampouco economicamente viável para uma empresa, ela será apenas uma invenção, e não uma inovação. 

Benefícios da inovação

Atrelar a inovação à estratégia do negócio é a receita do sucesso de muitas empresas. Confira a seguir seus principais impactos e vantagens para as organizações:

1. Aumento da eficiência e produtividade

A inovação pode aprimorar a eficiência operacional e a produtividade das empresas. Processos inovadores podem reduzir custos, otimizar recursos e aumentar a produção. Um exemplo disso é a Toyota, com seu sistema de produção lean. 

Confira os elementos trabalhados na metodologia da companhia: 

  • Eliminação de desperdícios (muda), identificando e removendo qualquer processo que não agregue valor ao produto final, seja o tempo perdido, sejam materiais, sejam esforços. 
  • Melhoria contínua (kaizen), em que os funcionários devem implementar melhorias nos processos, criando uma cultura de evolução e inovação de forma contínua. 
  • Just-In-Time (JIT), que é a produção feita a partir da demanda real, com entregas de materiais quando necessário, reduzindo estoques e melhorando o fluxo. 
  • Jidoka (autonomação), automatizando processos para identificar problemas na produção, evitando defeitos e resolvendo problemas de forma ágil. 
  • Trabalho padronizado, a partir de procedimentos que podem ser reaplicados em todas as operações, garantindo consistência e qualidade. 
  • Kanban, metodologia de gestão de projetos que controla o fluxo de materiais e de informações entre os processos. 

É a partir de cada uma dessas etapas que a montadora japonesa conseguiu ao longo do tempo reduzir os custos, otimizar processos e melhorar a qualidade, além de ser flexível e ajustar a rota quando necessário. 

2. Cultura organizacional

A inovação pode contribuir para a criação de uma cultura organizacional positiva, na qual a criatividade e a tomada de riscos são incentivadas. O que, consequentemente, pode atrair talentos, aumentar a satisfação dos funcionários e promover um ambiente de trabalho dinâmico e colaborativo.  

Entre as corporações que se destacam nesse sentido está a Google, conhecida por sua cultura de inovação. A empresa incentiva que seus colaboradores dediquem parte de seu tempo ao desenvolvimento de novos projetos e ideias. 

pessoas em mesa de reunião

Uma cultura empresarial aberta à inovação é mais adaptável aos desafios do mercado. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Essa iniciativa é conhecida como 20% Time. Ela permite que cada colaborador possa dedicar parte de seu tempo em projetos sem relação às suas funções principais. Porém, há uma regra que precisa ser seguida: essa iniciativa individual precisa beneficiar a empresa em longo prazo. 

Assim, os colaboradores têm a liberdade de trabalhar em projetos que lhes interessam, aumentando a satisfação e o engajamento no trabalho. 

Projetos desenvolvidos durante o programa levaram ao surgimento de produtos populares, como Gmail e Google News. No fim, ao permitir que os funcionários explorem ideias inovadoras, a corporação de quebra foi beneficiada com novos produtos e serviços, gerando receita. 

3. Identificação de novas oportunidades 

A inovação também pode gerar novas fontes de receita para as companhias por meio da expansão do core business (H2) e da exploração de oportunidades completamente novas (H3). Essas frentes aparecem no framework de horizontes de inovação, adotado por muitas companhias ao estruturar suas iniciativas no tema.  

4. Aumento da satisfação dos clientes

Com o olhar centrado no consumidor, a inovação agrega ainda valor ao produto ou serviço comercializado pela empresa. Por meio da coleta e análise de feedbacks, é possível aprimorar usabilidade e experiência do cliente ou mesmo desenvolver de novas ferramentas e produtos com base em suas necessidades.

Isso contribui com a percepção de imagem da marca e aumenta a lucratividade do negócio.

computador e tablet com gráficos de desempenho

A inovação deve levar em conta a entrega de valor para o cliente final. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Tipos de inovação

Para além do conceito geral de inovação, existem também alguns subtipos dela. Clayton Christensen, professor de Administração na Harvard Business School, por exemplo, introduziu o conceito de inovação disruptiva.

Ela pode ser compreendida como a forma que pequenas empresas podem desafiar as grandes estabelecidas ao introduzir produtos ou serviços mais simples, convenientes e acessíveis.  

Essas soluções, inicialmente, podem não parecer uma ameaça, mas com o tempo ganham mercado e eventualmente superam os líderes do setor. Um exemplo “clássico” de inovação disruptiva é o da Airbnb.  

Inicialmente, o serviço começou em 2008, em plena crise financeira global, como hospedagem temporária, conectando pessoas que precisavam de um lugar para ficar com aqueles que tinham espaço extra em suas casas.  

No início, o Airbnb era visto com ceticismo e enfrentou resistência do mercado tradicional de hospedagem. Mas, hoje desbanca hotéis e pousadas estabelecidas em todo o mundo.

mulher digitando em computador

A inovação disruptiva é aquela capaz de gerar grandes alterações em mercados estabelecidos. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Eric Ries, autor de The Lean Startup, é criador do conceito de startup enxuta, que embora pareça só dizer respeito às empresas de base tecnológica, propõe uma abordagem sistemática para inovação, seja em startups ou grandes empresas.  

Ries defende a criação de produtos viáveis mínimos (MVPs) e o uso de ciclos rápidos de feedback para testar e validar ideias no mercado. O método promete reduzir o risco e o custo de inovação, permitindo que as empresas façam ajustes rápidos com base no que o cliente deseja. 

Por fim, a metodologia de inovação aberta, descrita por Henry Chesbrough, defende que as empresas devem ir além de suas fronteiras internas e colaborar com outras organizações, startups e até mesmo concorrentes para impulsionar a inovação.

Implementando a inovação

Incluir a inovação no dia a dia das companhias é um processo que pode demandar tempo, mas traz resultados importantes em vários níveis. Além de fomentar a cultura de inovação e metodologias como a ambidestria organizacional, as empresas podem desenvolvê-la a partir de pilares como:

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) 

A primeira etapa para criar soluções para qualquer problema é o conhecimento — e nas empresas não é diferente. 

Com caráter prático, técnico ou científico, o conhecimento é a base para o desenvolvimento de novas tecnologias e de melhorias em processos, produtos e serviços. E, para tanto, em níveis corporativos isso se dá por meio do investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, o famoso P&D. 

mulher escrevendo em caderno

A área de P&D é uma das possíveis fontes de inovação para companhias. (Fonte: Pexels/Reprodução)

É essencial que a organização esteja aberta a financiar pesquisas e capacitações nos campos de interesse seja contratando empresas especializadas ou se movimentando internamente para isso. 

E isso não deve ser visto como um gasto, e sim como um investimento no futuro do negócio. 

Inovação aberta 

Reunir agentes externos para colaborar na criação de novas oportunidades e melhorias para o negócio é outro passo importante para as organizações em busca de inovação.

Estar atento a soluções já oferecidas no mercado que podem ajudar a aprimorar processos, além de identificar sinergias com empresas para trabalhar de forma conjunta no desenvolvimento ou mesmo integração de produtos é uma forma de otimizar o processo inovador.  

A chamada inovação aberta ajuda a ampliar as possibilidades de cocriação ou mesmo acelerar a adoção de soluções já prontas para demandas das companhias.

As startups podem ser grandes parceiras para as corporações nesse sentido. Em muitos casos, as empresas de base tecnológica contam com produtos e serviços que ajudam a solucionar desafios de negócio de forma simplificada, sem a necessidade de criar algo do zero. 

O Cubo Itaú apoia a jornada de inovação de corporações por meio de conexões com startups curadas e agentes do ecossistema. Confira os benefícios e saiba como fazer parte de nossa comunidade!

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