Inovação corporativa: o que é, benefícios e como desenvolver
A inovação corporativa é uma necessidade em tempos de rápidas transformações nos ambientes de negócios, sobretudo no que diz respeito à tecnologia.
Por meio da adoção de práticas inovadoras, as organizações conseguem se manter relevantes e competitivas, ganhando eficiência e explorando novas soluções e oportunidades no negócio.
Entenda a seguir sobre o que é inovação corporativa, os diferentes tipos existentes, os passos para sua implementação e os benefícios que pode gerar para as corporações.
O que é inovação corporativa?
Inovação corporativa é o processo de criar e implementar novas ideias e práticas para aprimorar ou transformar o negócio. O objetivo é gerar diferenciação e vantagem competitiva para a companhia, garantindo um posicionamento relevante no mercado.
Sua proposta central é agregar valor, para a própria organização, seus clientes e stakeholders, por meio de novas soluções, produtos e serviços. Isso com esforços coordenados e alinhados com a estratégia da companhia.
Ao inovar suas ações, portfólio e modelo de negócios, uma corporação pode obter uma série de benefícios. Entre eles, satisfação dos clientes e aumento do faturamento. (Fonte: Pexels/Reprodução)
É uma frente importante para o ganho de eficiência operacional, além de possibilitar a criação de novas alavancas de negócio por meio da exploração dos horizontes de inovação e das estratégias de inovação incremental, radical e disruptiva.
Outro aspecto essencial nesse cenário é a promoção da cultura de inovação. Além de incorporá-la de forma estruturada à estratégia da empresa, é fundamental estimular a melhoria contínua e a geração de ideias em todas as áreas da organização.
Benefícios da inovação corporativa
A inovação corporativa ajuda a fortalecer a estratégia de longo prazo de organizações, além de ser uma ferramenta importante para o aprimoramento de produtos, processos e criação de novos negócios.
Confira outras vantagens proporcionadas por ela:
- Vantagem competitiva: como visto, a inovação transforma modelos de negócio, processos, produtos e serviços, permitindo que a empresa se diferencie das demais e mantenha sua relevância no mercado.
- Eficiência operacional: a adoção de novos processos melhora ainda as atividades realizadas, otimizando a cadeia de produção e reduzindo custos operacionais.
- Fortalecimento da relação com clientes: ao inovar, a organização gera valor para seus clientes, aumentando sua satisfação e fortalecendo a relação de confiança. Isso potencializa as chances de fidelização e recorrência.
- Atração e retenção de talentos: uma cultura de inovação consolidada pode ajudar também a reter profissionais, que se sentem valorizados e pertencentes ao ambiente organizacional.
- Crescimento sustentável no longo prazo: a inovação não apenas amplia as chances de sucesso das organizações, mas também as prepara para um crescimento sustentável. Ao compreender os diferentes tipos de inovação e implementá-los de forma eficaz, as empresas desbloqueiam novos níveis de desempenho no curto, médio e longo prazo.
Cases de sucesso em inovação corporativa
Conheça dois exemplos de como a inovação pode impactar o negócio de forma robusta:
Apple: do iPhone ao tablet e wearable
Depois de lançar o iPhone em 2007, o qual revolucionou o nicho de smartphones tal como conhecemos hoje, a companhia introduziu outros objetos de desejo no mercado. É o caso do iPad, cuja primeira versão foi lançada em 2010.
A inovação é uma peça-chave para o sucesso da Apple. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
O tablet levou aos consumidores uma nova forma de ter um computador na palma da mão, desta vez um pouco maior e com outras funcionalidades. Ler um livro, escrever e trabalhar passaram a ter uma nova via para tanto. Mas, a companhia não parou por aí.
Anos depois, precisamente em 2015, eis que surge o Apple Watch. Por muito tempo, o gadget foi líder no mercado de wearables, oferecendo uma nova forma de monitorar questões de saúde e fitness. Além de, é claro, permitir uma maior integração com outros dispositivos Apple.
Amazon: do varejo para streaming e computação em nuvem
Mas, a Apple não é a única a beber da fonte da inovação corporativa. Considerada uma das principais varejistas online do mundo, a Amazon também está em constante processo de transformação.
Lançado em 2006, o Amazon Prime passou a oferecer frete gratuito e rápido para os clientes, além de serviços de streaming de vídeo e de música. O modelo de assinatura demonstrou como é possível diversificar diferentes serviços em um só lugar.
No mesmo ano, a gigante varejista liderada por Jeff Bezos passou a inovar ao comercializar um outro tipo de serviço, usando sua expertise em benefício próprio, mas oferecendo a clientes B2B: o Amazon Web Services (AWS).
O serviço de infraestrutura de nuvem passou a bater de frente com outros e é um dos mais utilizados no mundo. Entre suas funcionalidades, está o armazenamento de dados, que pode ser feito de maneira escalável e econômica.
A varejista foi além quando, em 2018, lançou o Amazon Go. Desta vez, mais próximo da sua proposta original, a inovação consiste em uma loja física sem caixas, basicamente um supermercado automatizado.
Por meio de tecnologias emergentes — como visão computacional e aprendizado de máquina — a Amazon possibilita que clientes comprem produtos sem passar por um caixa tradicional. Tudo com autonomia e liberdade.
Tipos de inovação corporativa
Confira a seguir os diferentes tipos de inovação que podem ser desenvolvidos por corporações:
Inovação incremental
A inovação incremental aprimora produtos, serviços e processos. O foco é otimizar soluções existentes, trazendo melhorias contínuas que gerem eficiência e aumentem a competitividade.
A inovação incremental visa ampliar os resultados por meio de melhorias pontuais. (Fonte: Pexels/Reprodução)
Inovação radical
Já a inovação radical propõe transformações profundas em produtos ou serviços, criando um novo modo de relação entre mercado e consumidores. Empresas que adotam essa abordagem podem se tornar pioneiras em seus segmentos.
Para que esse modelo ocorra, três pilares são fundamentais:
- A solução deve ser inédita, sem nada semelhante no mercado.
- Deve criar uma diferenciação clara da concorrência.
- Precisa ser aplicada na realidade, influenciando o mercado e solucionando problemas.
Inovação disruptiva
A inovação disruptiva surge ao explorar soluções antes inexistentes no mercado. Esse modelo transforma hábitos de consumo e pode levar à descontinuidade de produtos ou serviços tradicionais.
Inovação aberta
A inovação aberta, por sua vez, é uma metodologia de inovação que busca extrapolar as fronteiras das companhias e contar com a colaboração de players externos no processo inovador.
Um exemplo é a contratação de soluções de startups por corporações, que pode diminuir os custos e tempo de desenvolvimento de algo do zero, além de facilitar a lógica de testes por meio das provas de conceito.
Tecnologia e cultura de inovação
É um mito acreditar que basta adotar tecnologias inovadoras, como a IA Generativa, de forma extensiva, para levar a alcunha de corporação inovadora.
No entanto, o que as pesquisas demonstram é que antes de simplesmente usar os últimos avanços tecnológicos, a companhia precisa respirar a inovação em sua cultura.
Foi o que apontou uma pesquisa global conduzida pela consultoria McKinsey sobre estratégia e investimento digital, com a participação de mil executivos pelo mundo.
Para mais de três quartos dos entrevistados, a inovação é uma necessidade para a sobrevivência do negócio.
Além de validar sua importância, o estudo identificou ainda que as corporações que possuem fortes culturas de inovação lideram o uso da tecnologia para se distanciar dos seus concorrentes.
Aproximadamente dois terços dos entrevistados adotam a Inteligência Artificial em seus principais processos para aumentar a velocidade, granularidade e precisão.
A pesquisa destacou também que as transformações digitais só são bem-sucedidas quando as corporações transformam seus modelos operacionais. Ou seja, antes de usar a tecnologia em alta, a inovação precisa fazer parte do negócio de forma consolidada.
Desenvolver a cultura de inovação deve ser uma prioridade das organizações. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
Como implementar a inovação corporativa
Embora cada organização tenha suas particularidades, há algumas etapas fundamentais ao desenvolver iniciativas com foco em inovação. São elas:
Identifique oportunidades
A inovação começa ao avaliar as possíveis oportunidades de melhoria ou de gerar valor criando novas necessidades. O que por sua vez pode ser desenvolvido por meio de percepção própria da equipe, até a criação de uma cultura de feedback com clientes ou mesmo benchmarking.
Crie novas ideias
O próximo passo é gerar ideias para englobar as oportunidades identificadas. E isso somente é possível quando seus talentos sentem que estão imersos em uma cultura organizacional favorável aos erros e acertos.
Assim sendo, as ideias podem ser elaboradas em reuniões para brainstorming, workshops de design thinking, hackathons, parcerias com startups e participação em hubs de inovação.
Avance ao desenvolvimento e prototipagem da ideia
De posse das ideias mais promissoras, é chegado o momento de criar os protótipos ou versões-piloto para testar a viabilidade das ideias e ajustar antes de um lançamento em larga escala.
Teste e valide o que for preciso
Depois, crie condições reais para validar a eficiência dos protótipos, envolvendo a participação de clientes em potencial, a colaboração interna ou mesmo os investidores que participam do projeto.
Monitore e meça o sucesso
Sem esquecer que o processo de inovação deve ser feito em caráter contínuo. Ou seja, após lançado um novo produto ou serviço, ou alteradas as dinâmicas dos processos, monitore os resultados visando sua maximização. Se necessário, ajustes são bem-vindos.
Entre os indicadores de inovação, estão o conhecido ROI, a taxa de geração de ideias, o tempo de lançamento no mercado e as métricas de satisfação dos clientes.
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