Benchmarking: importância para os negócios de startups

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Os indicadores de referência são fontes valiosas de informação para empresas que querem se destacar nos mercados de atuação, pois oferecem um norte para que empreendedores identifiquem onde o negócio está e para onde deve seguir. 

Esse é o papel do benchmarking, que permite conhecer as melhores práticas, as características do produto ou do serviço e até mesmo da concorrência, que são consideradas diferenciais competitivos.

No caso de startups, o objetivo do benchmarking é otimizar os processos de gestão do negócio, orientar as metas e alavancar o crescimento da empresa. Trata-se de uma prática importante para a análise e entendimento de movimentações de mercado e que, consequentemente, pode ajudar na diminuição de eventuais riscos ao negócio. 

Por isso, elencamos neste artigo os principais benefícios do benchmarking e exemplos de aplicações para startups. Confira a seguir!

Aproveitando as boas práticas do mercado, startups adquirem conhecimento e reduzem eventuais riscos ao negócio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Benchmarking: o que é 

O mercado evolui rapidamente e nada é melhor do que aprender com o que já deu certo. Essa é a essência do benchmarking, uma das formas de organizações acompanharem essas mudanças.

Na prática, o processo consiste em olhar para a concorrência para identificar estratégias bem-sucedidas, analisando como líderes de segmento ou concorrentes fortes com características similares alcançaram os objetivos propostos e aprendendo com as trajetórias deles. Ao observar essas táticas, o gestor pode absorver um aprendizado valioso e cortar caminho no crescimento do negócio. 

Aplicando o benchmarking

No caso das startups, colocar o benchmarking em prática nem sempre é uma tarefa fácil. Isso porque, além de ser um desafio a mais para os empreendedores, muitas vezes há uma escassez de referências que possam ajudar a orientar o desenvolvimento do produto ou serviço. 

Ao mesmo tempo, são muitos os exemplos de benchmarking no mercado, que vão desde estudos feitos por grandes corporações até ações de pequenos negócios. 

De forma geral, há algumas fases de aplicação que podem ser seguidas, que podem variar de acordo com o objetivo da empresa, o tipo de benchmarking desejado e o segmento de atuação. Cabe à organização adequar o processo à própria realidade. 

Benchmarking: um passo a passo

Há cinco passos para a realização dessa estratégia. O primeiro é o planejamento para a definição dos objetivos e das áreas que necessitam de melhorias e de dados. O segundo envolve coleta e análise de informações, o que consiste na realização de pesquisa com a avaliação dessas informações; nessa fase, o empreendedor pode participar de mentorias ou buscar por referências em empresas com modelo de negócio semelhante. 

Já a terceira parte é de comparação e interpretação, buscando discutir a adequação das práticas encontradas e entender como podem ser úteis. Depois, em quarto lugar, há a aplicação no negócio, quando são realizados o planejamento estratégico e a implementação dessas modificações. 

Por fim, no quinto passo, nas etapas de verificação e consolidação, são feitos o monitoramento dos processos, a medição de resultados e a análise de retornos.

Os 5 passos do benchmarking podem ser adaptados à realidade da empresa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

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Tipos de benchmarking 

Como mencionamos, há vários tipos de benchmarking que atendem ao objetivo de cada empresa. Confira alguns a seguir.

  • Performático: com foco na análise de performance dos concorrentes por meio de indicadores que também são usados pelas startups, como lucratividade, ticket médio e duração do ciclo de vendas.
  • Interno: que busca comparar processos entre áreas distintas da empresa.
  • Competitivo: quando os resultados de terceiros são analisados de forma independente, sem conexão com a empresa estudada.
  • Cooperativo: no qual há o compartilhamento de informações por duas ou mais empresas de forma mútua e é um tipo de iniciativa utilizada, principalmente, por startups em mentorias e eventos realizados por instituições de fomento, por exemplo, onde é feita essa troca de conhecimento.
  • Genérico: quando é implementada uma metodologia padronizada que analisa os processos de forma qualitativa; e funcional, que estuda uma específica sem que, necessariamente, pertença ao mesmo setor da empresa, mas que pode ser aplicada nesse negócio. 

Cuidados na análise de benchmarking 

Vale lembrar que a ideia do benchmarking em startups não é simplesmente replicar a estratégia utilizada pelo concorrente, mas ter como base as práticas que deram certo a fim de adaptar essas ações, levando em conta alguns fatores como momento atual do mercado, situação econômica e comportamento do cliente. 

É preciso se atentar a esse ponto porque a implementação na íntegra de processos de terceiros pode levar à perda da identidade e da essência da organização. Além disso, é necessário considerar as diferenças entre os negócios e o fato de que nem sempre o que deu certo em uma vai funcionar da mesma forma em outra organização. 

Há, ainda, cuidados adicionais a serem observados durante a realização do benchmarking. É preciso se atentar para não escolher uma empresa para análise que tenha uma realidade distante do negócio. O ideal é que o escopo seja bem definido e não muito abrangente, para evitar erros de interpretação, e que seja aplicável à realidade do negócio. 

Por fim, e não menos importante, a estratégia não pode ser confundida com uma espécie de ação de espionagem que desrespeita o sigilo das informações de outras empresas.

O benchmarking é uma ferramenta importante, que pode apoiar o desenvolvimento, direcionamento e crescimento dos negócios. Confira mais conteúdos do blog do Cubo sobre o desenvolvimento de startups!

Fonte: Sydle, Liga Insights, FIA Business School

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