Fintechs: como podem promover a inclusão financeira?

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A evolução do sistema bancário é constante e as novidades nesse ramo surgem a cada dia. Hoje, é possível fazer transações financeiras e investimentos de longo prazo em poucos cliques e sem precisar sair de casa, tornando as operações mais simples aos usuários. Mas será que esses benefícios são sentidos por todos?

Um dos grandes desafios do setor bancário atualmente está em levar essas facilidades para mais pessoas, trabalhando no conceito da inclusão financeira. Só no Brasil, mais de 38% da população adulta não têm conta em banco, segundo um levantamento da Brink's Brasil e da Fundação Cabral. O número dos chamados desbancarizados é muito alto para uma época em que grande parte das pessoas já possui smartphone e a internet chega a vários lugares.

O que pode ser feito, então, para que as vantagens dos serviços bancários alcancem mais pessoas mesmo em regiões que parecem pouco prováveis? Esse desafio encontra respostas na tecnologia, que pode ser uma importante aliada na democratização do acesso aos serviços financeiros.

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Pix e contas digitais são exemplos de como a transformação digital chegou às finanças. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

A revolução digital do sistema bancário

Pode parecer, mas não foi “da noite para o dia” que deixamos de ir até agências bancárias e passar pela porta giratória para pagar nossos boletos mensais. A evolução das operações bancárias vem acontecendo há um tempo, mas é inegável que foi acelerada nos últimos anos, sendo muito incentivada pela pandemia de covid-19.

O que antes precisava de locomoção e presença física, demorando horas ou dias para ser processado, hoje é feito em segundos por um celular conectado à internet. A simplificação dos processos tornou tudo mais fácil para quem precisa pagar boletos, aplicar investimento ou transferir valores. Tudo isso fez as transações financeiras acontecerem de forma mais ágil.

E o impacto é sentido de várias formas. Não só no ganho de tempo — quando não é mais preciso ir às agências ou esperar para ser atendido por um gerente no banco —, como também no varejo, que pode receber pagamentos de formas alternativas e com isso impulsionar o consumo, facilitando as compras.

Ao mesmo tempo, os investimentos começam a chegar a mais pessoas, que têm, nas opções de rendas fixa e variável, uma forma de fazer o dinheiro render, já que isso pode ser feito de um jeito muito mais prático do que antigamente.

A aceleração da digitalização financeira, apesar de ainda não ser unânime, é um dos fatores que facilita essa amplitude das operações acontecer. O próximo passo é aplicar toda essa inovação à acessibilidade, para que ela promova as facilidades da revolução digital no setor financeiro e alcance mais pessoas.

Fintechs 02A tecnologia como aliada do acesso financeiro. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Tecnologia para inclusão financeira

Limitar o uso do dinheiro a cédulas e moedas pode impedir que pessoas e negócios se desenvolvam. A partir dessa premissa, podemos entender a inclusão financeira como algo essencial para o crescimento da economia, levando mais pessoas a ter acesso a recursos e facilitando a circulação dos valores monetários.

Seguindo essa ideia, utilizar a tecnologia para dar acessibilidade a serviços bancários é algo fundamental para governos e organizações, impactando diretamente nos fatores sociais e econômicos que regem estados e cidades.

Essa é uma das missões das fintechs, que além de ajudar a promover a inclusão financeira, trabalham em uma lógica voltada para a inovação em seus produtos e serviços, além de ter foco no usuário e em sua experiência. Segundo o StartupBase, atualmente há 710 startups do segmento no país.  

A seguir, veja mais exemplos de como a tecnologia vem desempenhando na busca pela acessibilidade financeira e como ela pode continuar contribuindo para aumentar o alcance da transformação  no setor bancário.

  • Bancos digitais

O surgimento de bancos digitais nas últimas décadas facilitou a abertura de contas e a execução de operações bancárias. Mesmo em cidades do interior ou de difícil acesso, é possível abrir uma conta digital e ter o próprio cartão de débito ou de crédito, o que deixa mais simples transferir valores e investi-los.

  • Pix

Ainda é grande a parcela da população que prefere o dinheiro como forma de pagamento (53%), mas, com a chegada do Pix, abriram-se alternativas para o uso de cédulas e moedas, facilitando o consumo e aumentando a segurança das transações.

  • Canais de comunicação

Junto às transações, o setor bancário vem acompanhando o surgimento de opções de comunicação com seus clientes, como plataformas conversacionais e canais digitais. Tudo isso torna o contato mais rápido e fácil, além de permitir que os clientes resolvam os problemas bancários com agilidade e de onde estiverem.

  • Open banking

A tendência de open finance e de open banking contribui para que as organizações e empresas do setor bancário entendam melhor o perfil de quem é cliente e daqueles que não são, permitindo que novos produtos e serviços sejam criados mesmo para aqueles sem acesso a eles hoje. Além disso, o sistema de abertura bancária confere mais segurança e confiança às operações, promovendo mais acessibilidade para as soluções.

Inclusão financeira é tornar serviços bancários mais simples, ágeis e disponíveis, contribuindo também para levar a educação sobre finanças a cada vez mais pessoas. Siga entendendo mais sobre a relação entre tecnologia e finanças, e como ela pode fazer a diferença na vida de pessoas e empresas. Acompanhe nosso blog.

Fonte: Distrito, Febraban, Valor.

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