Mobilidade urbana: quais tendências e tecnologias que despontam no setor?

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Não diferente dos demais setores da economia, a mobilidade urbana também passa por uma profunda transformação provocada pela tecnologia. Nesse novo cenário de inovação, surgem inúmeras tendências de modelos de negócio e, em muitas delas, as startups agem como combustíveis para fazer o movimento chegar mais longe, em um conceito conhecido como mobtech, fruto da fusão das palavras “mobilidade” e “tecnologia”. 

Grande parte das soluções desenvolvidas pelas mobtechs tem como foco diferentes nichos de atuação, como os seguintes:  

  • transporte coletivo (tecnologias e operadores de compartilhamento, fabricantes de operadores de transporte público, acessibilidade); 
  • individuais (fabricantes e operadores de bicicletas, patinetes, motos e carros elétricos); 
  • para empresas (mobilidade corporativa, transportes alternativos); 
  • estratégica (inteligência de dados, consultorias); 
  • de gestão (estacionamento, serviços de apoio). 

 

Eletrificação é um dos pilares da mobilidade urbana que conta com a influência da tecnologia. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

Um leque de oportunidades em mobilidade urbana 

Além das soluções já em operação por aí, há tecnologias que despontam no segmento apoiando principalmente as agendas de sustentabilidade de ESG, e a experiência do usuário.  

Uma delas refere-se ao uso de reconhecimento facial, que vem sendo aplicado até no mercado financeiro. A expectativa é que, em um futuro próximo, esse recurso possa ser usado no embarque de passageiros no transporte público, o que vai demandar menos circulação de dinheiro físico, otimizar o embarque, facilitar o cadastro de clientes e reduzir fraudes.  

Do lado concessionário, poderão ser feitas, de forma mais eficiente com o objetivo de redução de custos operacionais, a auditoria de concessões de benefícios tarifários e a automatização de processos internos. 

Já disponíveis no mercado, os carros elétricos, que funcionam por meio de propulsão elétrica, são outra tendência que deve se difundir nos próximos anos, se consolidando como uma alternativa mais sustentável de locomoção em grandes centros urbanos. 

 Outras tendências mais futuristas contam com promessas como carros voadores. Atualmente, os protótipos se assemelham a uma espécie de drone, com vários modelos em teste.  

A realidade aumentada também vem sendo vista como uma aposta para o setor de mobilidade. O objetivo é que a tecnologia possa ajudar motoristas a identificar prováveis obstáculos no percurso em uma tela transparente localizada no para-brisa para oferecer informações relevantes, como limite de velocidade e mão da via. 

Forte mercado de atuação para as mobtechs 

Levando em conta o crescimento das cidades, a falta de espaço urbano (problema não só do Brasil, mas também das grandes metrópoles mundiais), as mobtechs entraram forte em um nicho de mercado carente de soluções tecnológicas, com muito a ser feito e grandes oportunidades. De acordo com o estudo “Autotechs que geram inovação para o setor automotivo”, mais de 300 startups brasileiras atuam direta ou indiretamente nesse setor. 

As startups têm um amplo caminho para ajudar a aprimorar a mobilidade nas cidades, a melhorar a qualidade de vida das pessoas, dar acesso à população a localidades distantes, e tornar o conceito de smart cities uma realidade 

Há ainda dois fatores principais que norteiam esse trabalho e geram aspectos positivos para a comunidade. Um deles é a sustentabilidade, com o objetivo de reduzir o impacto da mobilidade e a produção de gases poluentes na atmosfera com soluções tecnológicas que evitem o uso de combustíveis fósseis.  

 

Aplicativos de transporte são exemplos de como a economia compartilhada pode ajudar a mobilidade urbana. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

Economia compartilhada é tendência no setor 

O segundo fator se baseia na economia compartilhada. De forma resumida, esse conceito traz um novo senso para o ato de comprar e consumir e defende uma nova forma de consumo, menos exagerada, mais consciente, que leve em consideração o meio ambiente, a colaboração de bens e serviços, a partilha de serviços, produtos e recursos valiosos como habilidades, tempo, carro, casa e viagens 

Essa já é uma realidade nos grandes centros. Para ter acesso a um bem, a pessoa não precisa mais comprá-lo, basta alugá-lo pelo período que achar necessário. Com isso, promove-se o bem-estar e um estilo de vida colaborativo e gera-se valor para o negócio. 

Com o objetivo de facilitar o dia a dia dos passageiros e melhorar o sistema de transporte público, várias startups ganharam destaque e notoriedade no mercado.   Elas foram responsáveis por revolucionar as ferramentas tecnológicas e criar um padrão de modelo de negócios mais disruptivo e que alterou a relação da sociedade com a mobilidade.  

Entre elas estão organizações bem conhecidas, como Waze, Uber, 99 e Loggi. Para que toda essa inovação continue acontecendo, as mobtechs têm oportunidades de atuação tão significativas quanto os desafios no radar. Nessa jornada rumo a um futuro ecologicamente sustentável, elas têm um papel importante de transformar a mobilidade em mais inteligente e acessível, oferecendo bem-estar para a sociedade e cuidado com o meio ambiente. 

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Fonte: 55content, Guia Empreendedor, Liga Insights 

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