O que você precisa saber para preparar sua startup para o 6G?

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O 5G acaba de se tornar realidade no Brasil, mas empreendedor conectado é aquele de olho no futuro. O 6G já é realidade na China e estima-se que nos próximos 8 anos esteja funcionando em todo o mundo. 

A conexão promete ser transformadora, pois o 6G garante a troca de informações 100 vezes mais rápida do que o 5G, que já é 100 vezes mais veloz do que o 4G. Mas o que a sua startup tem a ver com isso?

A próxima geração wireless 6G será capaz de transmitir grande quantidade de dados instantaneamente. A tecnologia promete mais largura de banda e conexão para um maior número de dispositivos em redes descentralizadas e inteligentes

A cada avanço da conectividade, o mundo muda. A Nokia, uma das empresas que está investindo em pesquisa para desenvolver o 6G, publicou um artigo de previsões para o futuro. De acordo com Peter Vetter, presidente da Nokia Bell Labs, o 6G será capaz de integrar domínios digitais, físicos e humanos para criar experiências imersivas disruptivas

Enquanto o 5G promete acelerar a Internet das Coisas (IoT), o 6G será essencial para o pós-metaverso. Na previsão da Nokia, a velocidade de conexão e a troca de dados ultrapassarão as barreiras, permitindo às mudanças que ocorrem no mundo real serem atualizadas automaticamente no universo virtual. 

Mas, afinal, o que é o 6G?

No Brasil, o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) estão à frente das pesquisas para implantar o 6G, ou seja, a 6ª geração de comunicações móveis. O projeto inclui universidades e centros de pesquisa em todo o país.

Os pesquisadores preveem que o 6G revolucionará não só a comunicação, mas também ampliará as possibilidades das tecnologias. Para as startups, será um celeiro a ser explorado. Segundo a Inatel, o projeto é muito mais inovador do que uma sequência 5G. 

Ao se falar de 6G também se fala do desenvolvimento de dispositivos biológicos usados para identificar padrões cerebrais. É um passo muito além do machine learning e da simulação computacional, por exemplo. O 6G tornará capaz a transmissão de sensações e emoções — algo que só era possível em filmes de ficção científica. 

O projeto em desenvolvimento no Brasil foi dividido em algumas áreas devido à quantidade de possibilidades que o 6G dispõe. Há pesquisas voltadas ao uso de sensoriamento, inteligência artificial (IA), sistemas de comunicação, arquitetura, mapeamento e comunicações ópticas, por exemplo.

Enquanto o 6G ainda não está disponível, as startups brasileiras já podem se adaptar à digitalização provocada pelo 5G. O Ministério das Comunicações prevê que a nova conexão será capaz de gerar US$ 1,2 trilhão em investimentos diretos e indiretos no Brasil. 

A previsão é que o 5G provoque mudanças fundamentais nos 5 pilares básicos dos negócios digitais: IA, armazenamento em nuvem, conectividade, processamento de dados e aplicativos industriais. A remodelagem dessas áreas facilitará o desenvolvimento de tecnologia pelas startups e a aceleração da aplicação delas em cidades inteligentes

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Tecnologia 6G melhorará o uso do metaverso e de experiências imersivas. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Quando o 6G chegará ao Brasil?

Os pesquisadores esperavam que a implementação do 6G ocorresse quase que simultaneamente no mundo, mas isso é apenas uma previsão. Apesar de o Brasil estar com um estudo bastante avançado, a 6ª geração de comunicações móveis deve começar a ser aplicada depois de 2030. 

Isso porque a estimativa é que o 5G estará presente em cidades com mais de 30 mil habitantes no país só em 2029. Nas capitais, a tecnologia começou a ser implementada em julho de 2022. 

Apesar de prometer um futuro revolucionário, não será fácil colocar em prática o 6G, e as startups precisam estar atentas a isso. Uma das questões são os equipamentos necessários. De acordo com o governo federal, o Brasil enfrentou problemas na importação dos aparelhos e isso atrasou a chegada do 5G.

Para o 6G, o processo será ainda mais complexo. A Inatel estima que deverá ocorrer um grande investimento na transformação da infraestrutura necessária para que as frequências de altíssima velocidade em Terahertz sejam transmitidas de forma adequada. Será necessário conectar estruturas como prédios, portas, janelas para que a tecnologia seja capaz de ler o que acontece no mundo real. 

O professor Luciano Leonel Mendes, coordenador de pesquisa do Centro de Referência em Radiocomunicações do Inatel (CRR), explica que tudo fará parte da rede quando se fala em 6G. 

"Essa nova rede fará uma integração do mundo real com o virtual, e vamos ter uma sobreposição, uma interligação dessas diferentes realidades dando para as pessoas uma espécie de sexto sentido. É como se a pessoa tivesse uma presença única nesses vários ambientes. Vamos interagir com as coisas de forma muito mais natural e intuitiva", diz em entrevista ao Inatel. 

O que será viável com o 6G?

Hoje, falamos do Metaverso como algo que já vem sendo colocado em prática e sobre simulação, além de outras tecnologias capazes de reproduzir o mundo real. Mas o 6G irá muito além. 

A conectividade de altíssima velocidade, capaz de transmitir um grande volume de dados, promete acelerar a digitalização e aproximar o mundo de se tornar plenamente uma comunidade global e digital

Conectado sem fio, de forma instantânea, o 6G promoverá mudanças na indústria, na Medicina, na Comunicação, no mercado financeiro e em muitas outras áreas da economia mundial. 

Uma das principais transformações é a possibilidade de essa grande rede de integração do mundo real se tornar uma fonte de consciência situacional. Essa tecnologia será capaz de criar uma espécie de "espelho" ou, como os pesquisadores chamam, "mundo gêmeo". 

Máquinas vivenciarão situações como se fossem reais, comunicando-se não só por voz, como é possível hoje, mas por meio de sentidos, como tato e olfato. Isso ajudará em situações de risco e simulações da vida real. Há muito o que ser estudado a respeito, mas já é possível enxergar um horizonte fértil para os  negócios a partir do 6G. 

O futuro está mais perto do que você imagina: vem para o Cubo!

Fonte: The Shift, Techtudo, Techtudo, Telesíntese, Nokia, Inatel, Agência Brasil

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