Inovar é o ato de criar algo, renovar, desenvolver e inaugurar novidades. Chegar a esse resultado pode acontecer de várias formas, seguindo processos muitas vezes já experimentados, como os famosos conceitos de inovação aberta e inovação fechada.
A inovação aberta existe desde o começo dos anos 2000, quando a onda de tecnologia começou a chegar de forma mais intensa ao universo corporativo e à vida de forma geral. Ela consolida a ideia de promover a inovação a partir da experiência de diversas empresas em conjunto, criando oportunidades mais abrangentes de levar novidades para mais de um negócio.
Em contraposição ao processo antes mais comum, a inovação aberta reforça um processo adicional à geração de projetos novos feitos nas próprias empresas (o que passou a ser conhecido, então, como inovação fechada). De forma paralela, surgiu para dar mais opções de inovação ao mundo corporativo. Mas seriam mesmo as inovações aberta e fechada vistas como opostas?
A inovação fechada acontece a partir de recursos das próprias empresas. (Fonte: Freepik/Reprodução)
Excludentes ou complementares?
A inovação, por si só, é um conceito que mostra a importância de buscar novidades e criar além do óbvio. Nas diversas variações, uma visão é predominante: não dá para limitar a inovação a uma caixinha, já que ela abre o espaço para que novas ideias sejam impulsionadas.
A partir disso, separar inovação aberta de fechada pode ser um caminho que reduz a inovação. Ao contrário, deve-se colocar os dois conceitos em um mesmo movimento, aquele que distorce a realidade para que soluções melhores sejam implementadas.
Quando se trata de projetos inovadores sendo produzidos dentro ou fora das empresas, o resultado tende a caminhar na mesma direção, a dos avanços e da evolução tecnológica. A grande diferença está no formato ideal para o modelo que a empresa segue e naquele que torna mais fácil incentivar a criatividade da equipe.
Enquanto a inovação aberta foca parcerias externas para criar soluções em conjunto e com base em necessidades variadas, a fechada explora recursos internos e se concentra nas demandas específicas de que aquele negócio precisa naquele momento. Cada necessidade pode gerar olhares diferentes e direcionar o processo mais adequado para o perfil do negócio.
No fim das contas, a ideia é criar espaços para a inovação a partir dos recursos disponíveis e acessíveis para determinada situação. Muitas vezes, uma companhia pode começar usando formatos de inovação fechada para, depois, migrar para um formato aberto. Ao mesmo tempo, é possível aplicar ambas em paralelo, criando projetos disruptivos dentro de casa enquanto promove projetos em parceria com organizações externas.
Assim, a inovação aberta e a inovação fechada podem ser tratadas como complementares, não como opostas, já que o objetivo de ambas é gerar ideias diferenciadas para que negócios visionários evoluam com novas soluções que contribuam para o desenvolvimento da sociedade como um todo.
Quais são as diferenças entre inovação aberta e fechada?
Podemos entender a inovação fechada como mais tradicional, que acontece de forma muitas vezes natural dentro das empresas, a partir dos próprios recursos e times. Apesar de ser considerada mais simples de acontecer por contar com elementos que já existem na corporação, ela ainda precisa ser incentivada, sendo incorporada à rotina e à cultura das empresas.
Em um espaço com cultura inovadora, a inovação fechada acontece a partir de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além de times específicos engajados no processo, o qual precisa ter início, meio e fim. Assim, um produto novo, por exemplo, passa por fases de hipótese, teste, validação, comercialização, promoção e avaliação para garantir que a novidade seja bem aceita e demandada pelo mercado.
O grande diferencial da inovação fechada está em realizar todas essas etapas internamente, de forma que os concorrentes não conheçam o que está sendo feito até que a ideia seja lançada no mercado. O principal benefício é sair na frente sem abrir informações importantes, o que costuma dar vantagens competitivas para a empresa inovadora.
Por outro lado, a inovação aberta parte do princípio de que esse benefício é insuficiente para fazer inovações relevantes acontecerem. Com recursos compartilhados e mais times envolvidos, a tendência é que novas ideias surjam e sejam executadas com mais eficiência, sendo aplicadas ao mercado e à sociedade de um jeito melhor do que se fossem feitas de forma exclusiva.
Inovações aberta e fechada podem funcionar bem juntas. (Fonte: Freepik/Reprodução)
Dá para juntar as duas?
Tendo como base compartilhamento e colaboração, a inovação aberta busca unir profissionais de diferentes empresas para tornar o processo inovador mais rico e até possível.
Com desafios e oportunidades, a inovação aberta pode ser adicionada à inovação fechada em um movimento de complementaridade que gere resultados tanto para as empresas quanto para a sociedade. O mais relevante de tudo isso está na criação de novidades e soluções voltadas ao público e que tornem vidas e rotinas cada vez melhores.
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Fonte: Marcelo Pimenta, Distrito, Siteware