Intraempreendedorismo: o que é, como funciona e por que importa
Inovar não é apenas lançar algo novo no mercado, é também transformar o que já existe dentro da empresa. O intraempreendedorismo nasce dessa lógica: dar voz a quem vive o dia a dia do negócio para que ideias ganhem forma, gerando valor e impacto.
A seguir, vamos explorar o conceito, os tipos, as características e as estratégias que fazem do intraempreendedorismo um catalisador da inovação corporativa.
Resumo
- Intraempreender é inovar de dentro para fora. As equipes transformam ideias em soluções que melhoram produtos, processos e modelos de negócios.
- Estrutura e confiança são a base. Líderes devem criar espaço, reconhecer esforços e permitir que a experimentação aconteça.
- Tipos diferentes, um mesmo objetivo. Do valor agregado ao spin-off, todas as formas de intraempreender fortalecem o potencial da empresa.
Navegue pelo conteúdo
- O que é intraempreendedorismo?
- Qual é o objetivo do intraempreendedorismo?
- Quais as características de um intraempreendedor?
- Prós e contras do intraempreendedorismo
- Exemplos de intraempreendedorismo
- Qual a diferença entre empreendedor e intraempreendedor?
- Quais são os tipos de intraempreendedorismo?
- Como estimular o intraempreendedorismo?
- Estratégias para fomentar o intraempreendedorismo
O que é intraempreendedorismo?
O intraempreendedorismo é a capacidade de empreender dentro de uma empresa que já existe, transformando ideias em soluções reais que geram valor para o negócio.
Ele representa uma das principais forças por trás da inovação, permitindo que colaboradores atuem com a mesma mentalidade de quem cria um novo empreendimento, mas dentro da estrutura e dos recursos da própria organização.
Conceito de intraempreendedorismo
O termo surgiu em 1978, quando Gifford Pinchot III e Elizabeth Pinchot apresentaram o conceito de intrapreneur — a junção de “intra” (dentro) e “entrepreneur” (empreendedor).
No contexto corporativo, ele define o profissional que atua de forma empreendedora dentro de uma organização:
- Desenvolvendo projetos
- Identificando oportunidades de melhoria
- Implementando inovações que impactam produtos, serviços ou modelos de negócio
Como explica Maximiliano Carlomagno, sócio-fundador da Innoscience e especialista em inovação corporativa, em entrevista ao Cubo:
“O intraempreendedorismo é quando a empresa cria um contexto para que times criem, testem e executem projetos de inovação de produto, serviço e novos modelos de negócio dentro de empresas estabelecidas.”
Leia mais: Tipos de inovação: conheça quais são os principais, aplicações e impacto
Fundamentos do intraempreendedorismo
Os fundamentos do intraempreendedorismo estão diretamente conectados à cultura de inovação. Empresas que praticam essa abordagem constroem sistemas que estimulam a geração e execução de ideias, a colaboração entre áreas e o aprendizado constante.
Entre os principais pilares, destacam-se:
- Autonomia com responsabilidade
- Tolerância ao erro e incentivo à experimentação
- Propósito e alinhamento estratégico
- Apoio institucional

Qual é o objetivo do intraempreendedorismo?
O principal objetivo do intraempreendedorismo é gerar inovação e vantagem competitiva a partir do potencial interno das pessoas. Ele traz um novo olhar para como as organizações aprendem, experimentam e evoluem.
Ao estimular colaboradores a pensar e agir como empreendedores, o intraempreendedorismo cria um ambiente em que problemas são tratados como oportunidades e a inovação deixa de ser pontual para se tornar parte do dia a dia.
Leia mais: Importância da inovação nas corporações: por que colocá-la em prática?

Quais as características de um intraempreendedor?
O perfil intraempreendedor combina visão estratégica, iniciativa e capacidade de execução, e se destaca pela forma como pensa: ele observa desafios cotidianos e enxerga neles oportunidades para melhorar produtos, serviços e rotinas dentro da empresa.
Entre as principais características de um intraempreendedor, estão:
- Ter proatividade
O intraempreendedor é movido por iniciativa. Ele demonstra interesse genuíno, identifica oportunidades e busca constantemente novas maneiras de resolver problemas e melhorar processos.
- Buscar referências e aprendizado contínuo
Ser curioso e bem-informado é parte do perfil. Profissionais intraempreendedores cultivam o hábito de aprender sempre (longlife learning) e se mantêm atentos às tendências, tecnologias e práticas do mercado para trazer novas ideias à organização.
- Praticar a colaboração
Intraempreender é também saber construir junto. Esses profissionais criam redes, trocam experiências e fortalecem o trabalho em equipe, mostrando que inovar não é um ato individual, mas coletivo.
- Ser criativo e inovador
Questionar o status quo é parte natural da rotina. O intraempreendedor pensa fora da caixa, questiona padrões e busca soluções originais que melhoram produtos, serviços e experiências internas.
- Assumir responsabilidade
Ter coragem para agir é tão importante quanto ter boas ideias. Esses profissionais assumem riscos calculados, tomam decisões e se comprometem com os resultados de seus projetos.
- Desenvolver habilidades de liderança
Mesmo sem um cargo formal, o intraempreendedor inspira e influencia. Ele mobiliza pessoas, cria engajamento e lidera pelo exemplo, contribuindo para um ambiente mais colaborativo e criativo.
- Ser adaptável e flexível
Se o cenário muda, o intraempreendedor se ajusta com rapidez. Ele enxerga mudanças como oportunidades e transforma desafios em aprendizado.
- Construir redes de relacionamento
Conectar-se é essencial. Esses profissionais sabem que boas ideias surgem do diálogo e da diversidade, e por isso constroem redes de colaboração dentro e fora da empresa, trocando experiências e expandindo horizontes.
- Manter o foco em resultados
O intraempreendedorismo combina criatividade e execução. Esses profissionais não apenas inovam, mas entregam resultados tangíveis, conectando cada iniciativa à estratégia e às metas da empresa.
- Conectar-se com ecossistemas de inovação
Nenhum profissional inova sozinho. Quem participa de eventos, talks e ecossistemas de inovação amplia o olhar, aprende com outros parceiros e leva novas práticas para dentro da organização.
Leia mais: Inovação aberta: o que é, benefícios e exemplos de quem aposta em colaboração no Brasil
Segundo Maximiliano Carlomagno, não é necessário ter um cargo específico para uma pessoa intraempreendedora, ela pode atuar em qualquer área ou função.
“Intraempreendedores estão distribuídos nas diferentes funções do negócio. O intraempreendedor não é o líder da área de inovação, ele é o profissional que está dentro de uma área de negócio, eventualmente até em uma área de backoffice, buscando melhorar, buscando transformar, buscando resolver os problemas com que ele se depara", complementa.”

Prós e contras do intraempreendedorismo
Como toda estratégia de inovação, o intraempreendedorismo traz benefícios expressivos, mas também exige atenção aos desafios de gestão e cultura organizacional.
Compreender esses dois lados é fundamental para estruturar programas que gerem resultado.
Benefícios do intraempreendedorismo
Quando colaboradores têm espaço para propor ideias e colocá-las em prática, o negócio ganha em velocidade, engajamento e capacidade de adaptação. Entre os ganhos mais relevantes estão:
- Inovação contínua
As ideias passam a surgir e serem testadas de forma orgânica, mantendo a empresa em evolução constante.
Profissionais que participam ativamente da transformação sentem-se mais valorizados e conectados ao propósito.
- Aumento da eficiência
A busca por soluções internas reduz custos e melhora processos, impactando diretamente os resultados.
- Vantagem competitiva
Empresas que inovam de dentro para fora se adaptam mais rápido e conquistam relevância no mercado.
Desvantagens do intraempreendedorismo
Apesar dos benefícios, o intraempreendedorismo também apresenta desafios, especialmente em organizações que ainda não possuem uma cultura madura de inovação.
Entre as principais desvantagens do intraempreendedorismo, estão:
- Resistência à mudança
Estruturas hierárquicas e excesso de burocracia podem desestimular iniciativas de inovação internas.
- Falta de recursos ou apoio
Sem tempo, orçamento e liderança comprometida, as ideias tendem a se perder antes de gerar impacto.
- Risco de desalinhamento estratégico
Projetos inovadores precisam estar conectados à visão da empresa; caso contrário, podem dispersar esforços.
- Sobrecarga para equipes
Em alguns contextos, a responsabilidade de inovar pode se somar às demandas diárias, gerando frustração.

Exemplos de intraempreendedorismo
O intraempreendedorismo na prática assume várias formas, de times autônomos a programas internos. Os exemplos de intraempreendedorismo a seguir mostram como empresas de diferentes setores estão estruturando a prática como parte da sua estratégia de inovação.
1. Squads de inovação
Os squads de inovação são grupos multidisciplinares criados para resolver desafios específicos de forma ágil e colaborativa. Na Ambev, times internos são formados com autonomia para testar novas ideias e otimizar processos.
Esses squads funcionam como “mini startups” dentro da empresa, utilizando metodologias ágeis e indicadores claros para medir resultados. A iniciativa acelerou o desenvolvimento de produtos e a transformação digital de diferentes áreas da companhia.
Leia mais: Quais as principais metodologias de gestão de projetos?
2. Programas internos de intraempreendedorismo
Os programas internos de intraempreendedorismo são uma das formas mais eficazes de transformar ideias em iniciativas reais e fortalecer desde a cultura até o protagonismo interno.
3. Projetos experimentais
Os projetos experimentais são um dos tipos mais tradicionais de intraempreendedorismo.
A 3M se tornou referência global ao permitir que seus pesquisadores dediquem parte do tempo a projetos de interesse pessoal.
Desse espaço de experimentação nasceu o Post-it, um dos produtos mais icônicos da história da marca, e um símbolo da importância de cultivar uma cultura de liberdade e curiosidade.
4. Intraempreendedorismo em produtos digitais
No Google, o incentivo à autonomia é um método de gestão. A política conhecida como 20% time permitia que colaboradores dedicassem um quinto de seu tempo semanal a projetos próprios.
Dessa prática surgiram o Gmail e o Google News, provando que o intraempreendedorismo pode gerar inovações de alto impacto quando há espaço para testar e errar.
5. Hubs e laboratórios de inovação
Outro formato comum é a criação de hubs internos de inovação, espaços físicos ou digitais voltados ao desenvolvimento de novas ideias e tecnologias.
6. Hackathons e inovação colaborativa
Nem todo projeto intraempreendedor nasce de um planejamento formal. O botão “Curtir” do Facebook surgiu durante um evento interno de programação (hackathon), quando colaboradores foram incentivados a criar funcionalidades que pudessem melhorar a experiência do usuário.
A ideia se tornou um dos maiores símbolos da plataforma, um exemplo de como a liberdade criativa pode gerar inovações de alto impacto.
7. Intraempreendedorismo estratégico
O PlayStation é um caso emblemático de intraempreendedorismo estratégico. Após uma parceria com a Nintendo não avançar, o engenheiro Ken Kutaragi, funcionário da Sony, propôs desenvolver internamente um novo console.
O projeto foi aprovado e transformou-se em uma das marcas mais lucrativas da história da empresa, prova de que a autonomia para inovar internamente pode abrir mercados inteiros.
8. Inovação orientada à experiência
O Amazon Prime nasceu de uma ideia interna: oferecer um serviço de entrega rápida com assinatura anual. A proposta veio de colaboradores que acreditavam que os clientes pagariam por conveniência e exclusividade.
Como você já sabe, o resultado foi um dos programas mais bem-sucedidos da empresa, que redefiniu padrões de fidelização e mostrou como o intraempreendedorismo pode nascer da observação das necessidades do cliente.

Qual a diferença entre empreendedor e intraempreendedor?
Embora compartilhem a mesma mentalidade inovadora, empreendedores e intraempreendedores atuam em contextos diferentes.
Ambos buscam criar valor, mas o primeiro o faz a partir de um novo negócio, enquanto o segundo transforma o que já existe dentro da organização. A seguir, veja as principais diferenças entre os dois perfis:
| Característica | Empreendedor | Intraempreendedor |
| Ambiente | Fora das estruturas corporativas, constrói um negócio do zero. | Dentro de uma empresa estabelecida, transforma processos, produtos ou modelos de negócio. |
| Responsabilidade | Assume a responsabilidade pela gestão, resultados e equipe. | Em parceria com a organização e em alinhamento com a liderança. |
| Foco | Criação e validação de um novo produto ou serviço no mercado. | Melhorias e inovações que ampliam a competitividade da empresa. |
| Objetivo | Controle, crescimento do negócio e sustentabilidade financeira. | Aumento de eficiência e criação de novas oportunidades de valor. |
| Risco | Alto risco financeiro e operacional. | Risco compartilhado, em ambiente de menor exposição e maior suporte. |

Quais são os tipos de intraempreendedorismo?
O intraempreendedorismo não acontece de uma única forma. Ele pode surgir da espontaneidade ou de programas estruturados que estimulam a criação de novas ideias e negócios.
De forma geral, os principais tipos de intraempreendedorismo podem ser divididos entre melhoria do que já existe e criação do que ainda não foi explorado.
Abaixo, veja como cada um deles funciona na prática:
- De valor agregado
É o tipo mais comum nas empresas. Foca em melhorar produtos, serviços e processos já existentes, adicionando novas funcionalidades, reduzindo custos ou otimizando etapas internas.
- De produto
Surge quando colaboradores ou times internos criam novos produtos ou aprimoram significativamente os atuais. É o tipo de intraempreendedorismo que transforma boas ideias em diferenciais competitivos.
- De processo
Tem como foco tornar operações mais eficientes, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade. Pode envolver automação, reestruturação de fluxos ou implementação de novas ferramentas.
Leia mais: Inovação incremental: o que é, vantagens, exemplos e boas práticas de aplicação
- Spin-off
Ocorre quando uma ideia inovadora se torna uma nova unidade de negócio dentro ou fora da empresa. Esses projetos geralmente nascem dentro da corporação, mas ganham autonomia para operar como startups independentes.
- Estratégico
Relaciona-se à busca por novos modelos de negócio, parcerias ou mercados, permitindo que a empresa expanda sua atuação além do core atual.
- Social
Tem como objetivo gerar impacto positivo para a sociedade, alinhando inovação e propósito. O intraempreendedorismo social conecta a empresa às demandas socioambientais e reforça sua responsabilidade corporativa.
- Informal
Acontece de forma espontânea, quando colaboradores decidem agir para resolver um desafio, mesmo sem um programa estruturado. É a expressão mais pura do espírito intraempreendedor, baseada em autonomia.

Como estimular o intraempreendedorismo?
Empresas tradicionais tendem a enfrentar mais barreiras para incentivar comportamentos intraempreendedores. A boa notícia é que é possível criar processos e práticas que provoquem uma mudança cultural, abrindo espaço para que ideias saiam do papel.
Para Maximiliano Carlomagno, o ponto de partida está em compreender a estratégia da empresa e, principalmente, se há necessidade real de inovar dentro dos objetivos corporativos.
A seguir, os principais pilares para desenvolver o intraempreendedorismo nas organizações:
1. Estratégia da empresa
“O primeiro ponto é entender qual é a estratégia da empresa e saber se o intraempreendedorismo pode ser útil”, explica Carlomagno.
Antes de criar programas ou laboratórios, é essencial entender o terreno. Isso significa avaliar onde a inovação pode gerar valor, quais frentes precisam de transformação e como o intraempreendedorismo se alinha à visão de longo prazo da companhia.
Sem clareza estratégica, os esforços tendem a se dispersar e boas ideias acabam se perdendo.
2. Planejamento
O segundo passo é definir como o intraempreendedorismo vai atuar. Há uma diferença importante entre criar novos negócios (seguindo uma lógica de corporate venture building) e melhorar o negócio existente.
Entender quais dores serão endereçadas e quais objetivos se pretende alcançar é o que orienta as decisões e evita que a iniciativa se torne apenas um evento pontual.
3. Pipeline de projetos
Com o programa estruturado e os objetivos claros, é hora de estabelecer um pipeline de projetos, uma trilha que mostra as oportunidades, etapas e prioridades de execução.
Ter esse fluxo definido dá visibilidade às ideias, facilita o acompanhamento dos recursos e permite mensurar o andamento das iniciativas. Dessa forma, o pipeline cria ritmo e cadência para a inovação.
4. Reconhecimento e suporte das lideranças
“É necessário ter um orçamento mínimo para essas iniciativas e suporte das lideranças para que os profissionais possam fazer isso”, reforça Carlomagno.
Reconhecer quem propõe, testa e executa novas ideias é o que mantém a cultura viva.
Programas de reconhecimento, bonificações simbólicas ou visibilidade interna são formas eficazes de valorizar quem se arrisca.
Mais importante ainda é garantir apoio das lideranças e espaço real na agenda da empresa, porque inovar dentro do negócio exige tempo, autonomia e confiança.
5. Engajamento das equipes
O mercado competitivo exige decisões rápidas e ágeis, e isso só é possível com equipes engajadas em inovar. O desafio é fazer com que o intraempreendedorismo seja visto não como uma tarefa extra, mas como parte do trabalho de todos.
Segundo Carlomagno, o passo fundamental é identificar quem está genuinamente interessado nessa jornada e compreender como motivar o restante do time.
“Existe uma inclinação natural para a inovação em alguns indivíduos, enquanto outros podem demonstrar menos entusiasmo. A capacitação é fundamental, porque mostra que o intraempreendedorismo é um comportamento que pode ser aprendido”, destaca o especialista.
6. O poder do exemplo
Nada engaja mais do que ver colegas transformando ideias em impacto. Quando profissionais testemunham pares que foram reconhecidos por iniciativas inovadoras, a percepção de possibilidade cresce e, com ela, o interesse em participar.
Histórias reais de sucesso dentro da própria empresa funcionam como combustível para a cultura intraempreendedora.
7. Conexão com o propósito pessoal e coletivo
“É essencial mostrar os benefícios de baixo risco e alto potencial de recompensa: oportunidades de crescimento profissional, a chance de fazer a diferença e a possibilidade de viver uma jornada estimulante e enriquecedora”, explica Carlomagno.
Quando as pessoas percebem que inovar gera aprendizado, visibilidade e realização, o engajamento se torna natural. Um ambiente seguro, com espaço para testar e recompensar o esforço, transforma o intraempreendedorismo em motor de desenvolvimento humano e organizacional.

Estratégias para fomentar o intraempreendedorismo
Como em todo projeto de inovação, o papel das lideranças é essencial para que o intraempreendedorismo saia do discurso e se torne parte da rotina. É preciso criar um ambiente que sustente a autonomia, a experimentação e o aprendizado contínuo.
Líderes devem atuar como facilitadores, conectando times de forma estratégica, definindo metas e indicadores, e garantindo recursos e direcionamento para que a inovação aconteça.
Mas também como inspiração: são eles que legitimam o erro como parte do processo e transformam propósito em prática.
A seguir, as principais estratégias para promover o intraempreendedorismo nas empresas:
Encorajar a autonomia
Dar espaço para que as pessoas tomem decisões e assumam responsabilidades é o primeiro passo. A autonomia é o que permite que cada colaborador aja como protagonista de seus projetos.
Cultivar a mentalidade empreendedora
Promova treinamentos, jornadas de aprendizado e programas que estimulem pensamento criativo, resolução de problemas e tomada de riscos calculados. Acompanhar as tendências do mercado e incentivar a atualização constante da equipe ajuda a manter o olhar sempre voltado para o novo.
Reconhecer e recompensar a inovação
Crie sistemas transparentes de recompensa, que valorizem ideias e iniciativas inovadoras.
Metas e critérios claros dão visibilidade ao processo e reforçam que inovar é parte do trabalho, não apenas um gesto voluntário.
Estimular a colaboração e a diversidade de ideias
Promova a troca entre departamentos e perfis diversos, com rituais de conexão contínuos.
Hackathons, competições internas e programas de ideias são exemplos práticos para ativar essa colaboração e transformar diversidade em resultados concretos.
Fornecer recursos e suporte
Disponibilize tempo, ferramentas e orçamento para que os colaboradores possam desenvolver suas ideias em projetos reais. Líderes devem entender as necessidades de cada time e buscar suporte compatível com o que a organização pode oferecer, dentro de sua estratégia e recursos.
Promover programas de mentoria
A mentoria é um dos caminhos mais eficazes para acelerar o aprendizado interno. Conecte profissionais experientes a equipes com novas ideias e, sempre que possível, aproxime a empresa de hubs de inovação e especialistas externos, como o Cubo, para ampliar repertório e trazer novas referências.
Criar um ambiente de confiança e aceitação ao erro
Crie um ambiente psicológico seguro, onde os colaboradores possam experimentar, errar e aprender, entendendo quais erros são aceitáveis em cada etapa. Líderes precisam estar disponíveis para orientar, não punir, e mostrar que errar rápido é parte do processo de acertar melhor.
Estabelecer metas e objetivos claros
Por fim, alinhe os objetivos individuais e organizacionais. O intraempreendedorismo precisa estar conectado à estratégia do negócio, com indicadores que mostrem o impacto e o valor das iniciativas internas.
Quando há clareza de propósito e direção, a energia da equipe se transforma em resultado, conectando propósito pessoal e resultados organizacionais. A gente acredita nesse potencial.
Como um Ecossistema de inovação, o Cubo conecta startups, corporações e talentos que compartilham o mesmo objetivo: transformar ideias em resultados reais.
Antes de ir embora, fique com as respostas para as perguntas mais frequentes sobre intraempreendedorismo.
O que é intraempreendedorismo?
O intraempreendedorismo é a prática de inovar dentro de uma empresa já existente. Ele acontece quando colaboradores identificam oportunidades de melhoria, desenvolvem novas ideias e implementam soluções que geram valor para o negócio.
Quais as características de um intraempreendedor?
O intraempreendedor é proativo, curioso e colaborativo. Tem iniciativa para resolver problemas, pensa de forma criativa e busca melhorar processos continuamente.
Como estimular o intraempreendedorismo?
Estimular o intraempreendedorismo envolve criar uma cultura que valorize autonomia e aprendizado. Líderes devem oferecer espaço para experimentação, reconhecer quem propõe ideias e garantir suporte para que elas se tornem projetos reais.
Quais são os tipos de intraempreendedorismo?
Os principais tipos de intraempreendedorismo são o de valor agregado (de produto e de processo) , spin-off, estratégico, social e informal.
Qual é o objetivo do intraempreendedorismo?
O intraempreendedorismo impulsiona a inovação e a competitividade de dentro para fora. Ele permite que as empresas se reinventem continuamente, aproveitando o potencial criativo de seus times para gerar eficiência, crescimento e diferenciação no mercado.




