Para criar um empreendimento e tirar as ideias do papel, não é necessário apenas dedicação e planejamento, mas também uma significativa aplicação de capital. Além disso, quando o negócio começa a prosperar, é normal precisar de um aporte financeiro para conseguir sustentar seu crescimento.
É por isso que levantar capital é tão importante para quem está começando ou quer criar uma empresa com solução de base tecnológica. Mas quais são os tipos de investimentos em startups? É o que apresentaremos neste texto!
A importância dos investimentos para startups
Quando falamos de investir em negócios, podemos rapidamente pensar nas startups, empresas que surgem com o objetivo de oferecer soluções inovadoras ao mercado.
No geral, iniciam-se a partir de uma ideia ou um projeto que visa ofertar um produto ou serviço com base tecnológica que funcione a partir de um modelo escalável, disruptivo e repetível. Porém, para que isso seja viável e a startup possa iniciar sua jornada rumo à tração no mercado, é preciso levantar capital.
É nesse momento que entram os investidores, os quais costumam ser pessoas físicas com capital disponível ou fundos já consolidados, que podem contribuir com o desenvolvimento ou crescimento da empresa por acreditar em seu potencial de retorno.
Esse é um processo fundamental para viabilizar os negócios que ainda estão no papel e também para escalar no mercado soluções que já estão em operação, têm clientes e geram faturamento.
5 tipos de investimento em startup
Uma startup pode precisar de investimentos em diferentes momentos. No início, é normal que o alto risco limite o valor que os investidores aplicarão na companhia, pois há a preocupação de que a empresa não atinja os resultados desejados. Já quando se tem uma consolidação no mercado e mais credibilidade, fica mais fácil conseguir um aporte maior.
Pensando nos diversos cenários existentes, vale a pena conhecer também os tipos de investimento disponíveis para diferentes fases do negócio. A seguir, conheça cinco dos mais comuns.
1. Investidor-anjo
O investimento-anjo é feito por uma pessoa física ou jurídica que injeta capital próprio em uma empresa com potencial de crescimento. No geral, o investidor-anjo escolhe cuidadosamente a startup em que aplicará o seu dinheiro, tomando essa decisão a partir de critérios pessoais.
Assim como em qualquer investimento, o objetivo é obter lucro de retorno sobre o valor aplicado na companhia. Mas uma diferença significativa é que o investidor-anjo não só entra com o aporte financeiro, como também atua na mentoria da empresa, auxiliando o empreendedor no direcionamento de estratégias e na tomada de decisões.
2. Capital semente
Também conhecido como seed money, o investimento capital semente costuma provir de um grupo de investidores, diminuindo o risco individual e aumentando o aporte disponível para investir, que fornecem os recursos necessários para a estruturação mais inicial da empresa e o desenvolvimento do produto.
O capital semente provém de grupos de investidores. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
3. Private equity
Em um momento próspero e maduro do negócio, pode-se precisar de uma quantia para dar o salto de crescimento necessário, realizar a expansão da empresa em algum sentido ou mesmo se preparar para a aquisição por outras companhias. Para isso, o fundo private equity pode ser uma escolha.
Funciona assim: o empreendedor renuncia parte da empresa e permite que os investidores interessados em companhias em estágios avançados de desenvolvimento sejam ativos na gestão da startup; em troca disso, os valores investidos pelo grupo podem ser até mesmo superiores a R$ 30 milhões.
4. Aceleradoras
As aceleradoras são empresas já consolidadas e que realizam rodadas de investimentos para impulsionar o crescimento de uma startup. Mais do que a contribuição financeira, costumam ajudar por meio de mentorias, redes de contato e auxílio profissional direto com o objetivo de apoiar o desenvolvimento do negócio, por vezes disponibilizando auxílios especializados.
Para isso, as aceleradoras costumam exigir participação no capital da empresa, o conhecido equity. A porcentagem dividida pode variar conforme cada caso, mas o percentual usualmente se limita a até 20% — é preciso se atentar a esses números pensando em rodadas futuras, já que a diluição tende a aumentar.
Quando uma startup aceita investimentos de uma empresa aceleradora, precisa também dividir os lucros com essa companhia. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
5. Venture capital
Startups de médio porte que já estão atuando no mercado podem contar com o auxílio de investidores dispostos a fazer venture capital ("capital de risco", em tradução livre). Geralmente, esse investimento é feito para que a companhia possa aperfeiçoar serviços ou produtos a fim de atingir os objetivos de negócio. Nesse tipo de investimento, devido ao risco, o capital é arrecadado em rodadas diferentes, avançando conforme a maturidade da empresa.
Dicas úteis
Pode ser difícil o processo de buscar investidores para o seu negócio, mas essa é uma etapa imprescindível para conseguir decolar. Por isso, seguem algumas dicas que ajudam na hora de procurar um investidor para sua organização:
- garanta que o seu produto tenha valor de mercado e real potencial de faturamento;
- mantenha bons relacionamentos com investidores (mesmo ao acabar o investimento);
- seja sempre transparente nas negociações, isso gera credibilidade a você como empreendedor e à empresa que está representando;
- mantenha os investidores atualizados sobre avanços e dificuldades no desenvolvimento das atividades impactadas pelo valor investido;
- conte com uma equipe competente para fazer o esforço valer a pena;
- entenda seus direitos e deveres antes de iniciar a parceria de investimento.
Não se esqueça também de analisar sempre os prós e os contras das opções de investimento disponíveis, considerando as particularidades do negócio. É uma questão que impacta diretamente no futuro do negócio, então escolher a alternativa que se encaixa melhor à sua realidade e anseios a curto, médio e longo prazos é imprescindível.
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Fonte: Exchange