Empreendedorismo e inovação: cenário atual no Brasil
Empreendedorismo e inovação ganharam protagonismo no Brasil e na América Latina. Mais do que tendências, tornaram-se pilares para a competitividade das empresas, para o surgimento de novos negócios e para o fortalecimento dos ecossistemas de startups.
Neste conteúdo, vamos entender o que é empreendedorismo, como ele se conecta à inovação, os principais tipos e modelos que estão em ascensão e o papel de hubs como o Cubo na transformação de ideias em negócios escaláveis.
Resumo
Empreendedorismo e inovação crescem no Brasil, impulsionados por investimentos em startups e pela consolidação de hubs como o Cubo.
Inovar é transformar ideias em valor, com impacto que vai além da tecnologia, envolve processos, modelos de negócio e impacto social.
Hubs de tecnologia e inovação aceleram esse ciclo, conectando startups, empresas e universidades para transformar maturidade em vantagem competitiva.
Navegue pelo conteúdo:
- O que é empreendedorismo?
- O que é inovação?
- Qual a relação entre empreendedorismo e inovação?
- Intraempreendedorismo e inovação
- O papel dos ecossistemas de inovação
- Empreendedorismo e inovação como alavanca de futuro
O que é empreendedorismo?
O conceito de empreendedorismo envolve a capacidade de identificar oportunidades, transformar ideias em negócios viáveis e gerar valor, econômico, social ou cultural. É essa força que impulsiona a renovação de mercados e cria soluções capazes de mudar setores inteiros.
No Brasil, convivem duas motivações distintas: o empreendedorismo por necessidade, mais comum em contextos de instabilidade, e o empreendedorismo por oportunidade, que cresce à medida que surgem mercados preparados para absorver inovação.
É nesse segundo grupo que vemos o maior potencial de impacto, pois conecta inovação e empreendedorismo a resultados sustentáveis de longo prazo.
Mas o que significa empreendedorismo hoje vai além do fundador de startups. Grandes organizações também têm investido em empreendedorismo corporativo, estimulando seus times a criar novos produtos, processos e modelos de negócio dentro da própria estrutura.
Essa combinação mostra como o empreendedorismo e a inovação se consolidaram como vetores centrais da competitividade, tanto para quem começa quanto para quem já é líder de mercado.
O que é inovação?
Se o empreendedorismo é a capacidade de criar negócios e gerar valor, a inovação é o combustível que transforma essa intenção em impacto real.
Inovar significa transformar ideias em valor para o mercado e para a sociedade, seja por meio de novos produtos, processos mais eficientes ou modelos de negócio que mudam a lógica de um setor.
Leia mais: Inovação: o que é, conceito, importância, tipos e desafios
Existem diferentes tipos de inovação, cada um com seu nível de impacto:
- Inovação incremental: melhorias graduais aplicadas em soluções já existentes. Um exemplo é a evolução constante dos carros elétricos, que recebem atualizações de software para ampliar autonomia e eficiência.
- Inovação radical: rupturas significativas que criam novos marcos de mercado, como a chegada das vacinas de mRNA na área da saúde.
- Inovação disruptiva: modelos inéditos que substituem práticas estabelecidas em larga escala, como o Airbnb transformando o setor de hospedagem.
- Inovação arquitetural: combinação de tecnologias conhecidas de maneira inédita, como os carros autônomos que integram sensores, IA e conectividade em tempo real.
Leia mais: Tipos de inovação: conheça quais são os principais, aplicações e impacto
Mas é importante reforçar: inovação não se limita à tecnologia. Ela também está em processos, na cultura organizacional e em práticas de sustentabilidade alinhadas à ESG. O ponto central é sempre o mesmo: gerar valor tangível e duradouro para negócios e para a sociedade.
Qual a relação entre empreendedorismo e inovação?
Empreendedorismo e inovação caminham juntos. O empreendedorismo impulsiona a inovação ao criar novos modelos de negócio, enquanto a inovação sustenta o empreendedorismo ao oferecer diferenciais competitivos que garantem relevância no mercado.
A América Latina vive um momento singular de consolidação de seu ecossistema de inovação. De acordo com o Digital Transformation Report 2025, a região combina escala e dinamismo, reunindo uma população de quase 700 milhões de pessoas e um PIB de US$ 6,8 trilhões, crescendo a uma taxa anual média de 5,4% entre 2019 e 2024.
Essa combinação de mercado consumidor amplo, avanço tecnológico e talento empreendedor tem criado terreno fértil para startups que estão redefinindo setores como finanças, saúde e educação.
O venture capital é um dos motores desse avanço. Segundo dados da LAVCA e da própria Atlantico, mesmo após o pico global de 2021, os investimentos em venture capital na região se estabilizaram, com aumento no tamanho médio dos cheques em rodadas seed e série A, que cresceram 4,5 vezes desde 2012.
Além disso, o relatório mostra que fundos latino-americanos têm superado benchmarks globais em retorno sobre o capital investido, refletindo a maturidade dos gestores locais e o potencial de valorização das startups da região.
A força do ecossistema também vem do talento humano. O estudo destaca que ex-funcionários de unicórnios latino-americanos já fundaram mais de 100 novas startups de base tecnológica, criando um ciclo virtuoso de conhecimento e capital intelectual.
Essa “segunda geração” de empreendedores tem impulsionado setores de alta complexidade — como inteligência artificial, fintechs e healthtechs — e ampliado a competitividade global das empresas nascidas na região.
No campo da tecnologia, o avanço da inteligência artificial vem se destacando como um divisor de águas. De acordo com a Atlantico Founder Sentiment Survey 2025, 82% dos fundadores de empresas nativas de IA já implantaram agentes inteligentes em seus produtos, número superior ao observado entre seus pares nos Estados Unidos.
Além disso, os fundadores latino-americanos priorizam precisão e custo na escolha de modelos de IA, mostrando uma postura pragmática e voltada à eficiência.
O relatório aponta ainda que o potencial de criação de valor ainda é gigantesco. Caso o mercado de tecnologia latino-americano alcance o nível de penetração observado em economias como Índia e China, a região poderia adicionar até US$ 4,5 trilhões em valor de mercado, se destacando como protagonista global da próxima onda de inovação.
Intraempreendedorismo e inovação
O intraempreendedorismo pode ser definido como a capacidade de colaboradores atuarem como empreendedores dentro de organizações, utilizando ferramentas e métodos para solucionar desafios estratégicos e identificar novas oportunidades de negócio.
Essa abordagem fortalece o protagonismo dos colaboradores e amplia o alcance da inovação para além dos departamentos tradicionais de P&D.
O relatório Futuro da Gestão da Inovação, da Inventta com apoio do Cubo, destaca que o campo da inovação corporativa está se organizando em dois movimentos simultâneos: a consolidação de práticas maduras e o surgimento de novas alavancas com alta expectativa de crescimento.
Isso indica que as companhias não apenas reconhecem a importância de fomentar o pensamento empreendedor internamente, como também enxergam esse modelo como um diferencial competitivo sustentável, além de contribuir para transformar a cultura organizacional, estimulando autonomia, aprendizado contínuo e colaboração entre áreas.
O papel dos ecossistemas de inovação
Os ecossistemas de inovação são ambientes que conectam startups, investidores, corporações e governos para transformação de ideias em impacto real.
Mais do que espaços físicos, eles reduzem a distância entre tecnologia e mercado, criando condições para que novas soluções cheguem mais rápido à sociedade, além de impulsionar o empreendedorismo.
Ainda de acordo com o relatório da Inventta, práticas como cocriação, venture client e inovação aberta baseada em desafios vêm crescendo justamente por aproximar diferentes atores do ecossistema.
É dessa soma de visões e competências que nascem as inovações mais transformadoras, capazes de impulsionar tanto o empreendedorismo quanto a competitividade das organizações.
Leia mais: Cenário de inovação na LatAm: ambição alta e ecossistemas em amadurecimento
Empreendedorismo e inovação como alavanca de futuro
O Brasil e a América Latina vivem um momento decisivo para o empreendedorismo e inovação. O crescimento dos investimentos em startups e a expansão de setores estratégicos, como fintechs, healthtechs e greentechs, mostram o potencial da região.
Mas para transformar essa energia em impacto real, ainda é preciso avançar em governança, acesso a capital e fortalecimento da inovação.
É nesse contexto que o Cubo Itaú se consolida como ponto de encontro entre startups, corporações e universidades, ajudando a transformar ideias em negócios escaláveis e competitivos.
Mais do que acompanhar tendências, o Cubo conecta pessoas e organizações para que o empreendedorismo e a inovação se tornem parte da estratégia de futuro de toda a região.
Quer acompanhar mais sobre inovação e empreendedorismo? Conheça o Cubo e assine nossa newsletter para ficar por dentro das discussões que estão moldando o futuro dos negócios.
E antes de você ir embora, fique com algumas respostas para as perguntas mais frequentes sobre empreendedorismo e inovação.
O que é empreendedorismo e inovação?
Empreendedorismo é a capacidade de criar negócios, identificar oportunidades e gerar valor econômico e social. Já a inovação é o processo de transformar ideias em valor, seja em forma de produtos, serviços, processos ou modelos de negócio.
O que significa empreendedorismo corporativo?
Empreendedorismo corporativo, ou intraempreendedorismo, é quando grandes empresas criam estruturas para inovar internamente, estimulando equipes a desenvolver novos produtos, processos e modelos de negócio dentro da própria organização.
Quais são os tipos de inovação?
Os principais tipos de inovação no empreendedorismo incluem:
- Incremental: melhorias contínuas em soluções já existentes.
- Radical: mudanças profundas que criam novas referências de mercado.
- Disruptiva: novos modelos que transformam setores inteiros.
- Arquitetural: combinação inédita de tecnologias conhecidas para novos usos.
Como o Cubo apoia o empreendedorismo e a inovação na América Latina?
O Cubo Itaú conecta startups, grandes corporações e investidores para acelerar a inovação. Atua como ecossistema de inovação, oferecendo acesso a conhecimento qualificado, ferramentas para o crescimento e iniciativas para transformação cultural de empresas.