Empreendedorismo sustentável: panorama e tendências

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O empreendedorismo sustentável é um modelo de negócio que está ganhando força no mundo corporativo pela sua capacidade de gerar valor

Nos últimos anos, esse valor passou a ser medido também pelo impacto ambiental e social que as empresas produzem. E é nesse contexto que o empreendedorismo sustentável se destaca. 

O estudo Trajetórias Sustentáveis, realizado pela a guilda em parceria com o Cubo Itaú, mergulha nas novas formas de pensar e praticar sustentabilidade no contexto corporativo e empreendedor.

Resumo

Empreendedorismo sustentável é o modelo de negócio que une inovação, propósito e impacto positivo.
As práticas ESG nas empresas evoluem de ações pontuais para estratégias estruturais
O estudo, propõe quatro paradigmas: tecnopolítica da estabilidade, sistemas de equivalência, redes de transição e esperança radical, que ajudam a compreender como inovação e sustentabilidade se entrelaçam nas novas formas de empreender.

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O que é empreendedorismo sustentável e por que ele importa

Empreendedorismo sustentável é o modelo de negócio que busca gerar valor econômico, social e ambiental de forma integrada e contínua.

Diferente de ações pontuais de responsabilidade social, ele se baseia na convicção de que o crescimento precisa estar alinhado à regeneração dos recursos e à equidade nas relações.

O estudo Trajetórias Sustentáveis reforça que sustentabilidade não é mais um apêndice das empresas, mas parte do seu próprio design estratégico. Ela redefine a relação entre inovação e propósito, deslocando o foco do “crescer a qualquer custo” para o crescer com consciência.

A urgência é evidente. Pressões regulatórias, expectativas de consumidores e a crise climática global empurram empresas a revisitar seus modelos de negócio

Nesse cenário, o empreendedorismo sustentável surge como ponte entre competitividade e perenidade, transformando o impacto em vantagem. 

Imagem com os quatro paradigmas do estudo Trajetórias Sustentáveis

Os quatro paradigmas do estudo Trajetórias Sustentáveis 

O estudo propõe quatro conceitos estruturantes para compreender e praticar o empreendedorismo sustentável no século XXI.

Cada paradigma representa uma forma de repensar o papel das empresas, dos ecossistemas e das tecnologias na construção de futuros possíveis.

1. Tecnopolítica da estabilidade

Essa lente convida a olhar para o papel da tecnologia não como elemento de disrupção acelerada, mas como agente de estabilidade.

A tecnopolítica da estabilidade sugere que inovar de maneira sustentável é encontrar o ritmo certo entre o avanço tecnológico e a manutenção dos sistemas vitais, sociais, ambientais e institucionais.

Trata-se de uma provocação direta à lógica de crescimento exponencial. Em vez de “mover rápido e quebrar coisas”, o futuro sustentável demanda mover com propósito e preservar o essencial.

Empresas que praticam essa visão não apenas desenvolvem soluções verdes, mas constroem infraestrutura e operacional capazes de sustentar a inovação no longo prazo.

2. Sistemas de equivalência

Os sistemas de equivalência partem da ideia de que o valor não pode ser medido apenas por métricas financeiras.

Essa lente propõe incorporar novos parâmetros de avaliação, como bem-estar, regeneração e interdependência, aos modelos de gestão e investimento.

Leia mais: Bem-estar corporativo: entenda o panorama

Em um contexto de ESG e inovação sustentável, isso significa reconhecer que impacto social e ambiental são equivalentes ao lucro na geração de valor corporativo.

Leia mais: Empreendedorismo corporativo: como promover no seu negócio

O estudo mostra que empresas que adotam sistemas de equivalência repensam indicadores de sucesso, substituindo métricas de eficiência isolada por métricas de equilíbrio sistêmico.

3. Redes de transição

As redes de transição representam as conexões que sustentam a transformação rumo a economias mais equilibradas.

Em vez de inovação isolada, o estudo destaca a importância das colaborações intersetoriais, entre startups, grandes corporações, universidades, governos e comunidades.

Essas redes permitem que práticas sustentáveis ganhem escala e permanência, transformando protótipos em políticas, tecnologias em culturas e empresas em ecossistemas de impacto.

O Cubo Itaú é um exemplo vivo dessa dinâmica: ao promover conexões entre inovação e sustentabilidade, o ecossistema atua como visa apoiar a construção dessas redes de transição, reunindo agentes que mobilizam capital, conhecimento e colaboração.

4. Esperança radical

Por fim, a esperança radical é o conceito que sustenta toda a visão do estudo.

Ela propõe enxergar a sustentabilidade não apenas como mitigação de danos, mas como potência de regeneração, uma forma de imaginar e construir futuros onde a inovação serve à vida, e não o contrário.

Empreender com esperança radical é assumir que, mesmo diante da complexidade das crises atuais, é possível desenhar caminhos de transformação combinando tecnologia, sensibilidade e colaboração.

O Cubo nessa jornada de empreendedorismo sustentável

Como co-realizador do estudo, o Cubo Itaú atua como catalisador de inovação sustentável na América Latina.

Leia mais: Cenário de inovação na LatAm: ambição alta e ecossistemas em amadurecimento

Por meio de programas, eventos e conexões estratégicas, o Cubo estimula startups e empresas a integrarem sustentabilidade à sua operação de forma prática e colaborativa.

O estudo Trajetórias Sustentáveis é um exemplo concreto dessa atuação: ao reunir visões, práticas e dados, ele ajuda o ecossistema a compreender como empreendedorismo, tecnologia e propósito podem coexistir e escalar juntos.

Além disso, o Cubo mantém o tema vivo em suas frentes de trabalho, da curadoria de startups de impacto à promoção de discussões sobre futuro verde, inovação regenerativa e responsabilidade corporativa.

Leia mais: Negócios de impacto: o que são e qual é o papel deles na sociedade

Um painel com dados e gráficos sobre ESG

Inovação sustentável e práticas ESG nas empresas

Ao analisar o comportamento de startups e corporações, o estudo mostra que o avanço em sustentabilidade ocorre quando as decisões ESG são integradas ao posicionamento e às trajetórias estratégicas (modelo de mobilidade), em vez de ações pontuais.

Isso significa integrar práticas ESG à estratégia de negócio desde o início e não como um adendo posterior.

Inovação sustentável é o resultado dessa integração: aplicar tecnologia, design e dados para gerar valor de forma contínua e regenerativa.

Na prática, as trajetórias mapeadas evidenciam movimentos de prevenção e compensação de impactos, sustentados por qualidade de dados e colaboração entre atores para dar escala às soluções.

Essas práticas representam o amadurecimento do ESG, um movimento que vai além da conformidade regulatória para se tornar motor de vantagem competitiva e inovação de impacto.

Leia mais: Energia: qual o papel do setor na agenda ESG e de descarbonização?

Imagem de uma cidade com um parque florestal no centro

O futuro do empreendedorismo sustentável

O futuro do empreendedorismo sustentável será construído sobre redes de colaboração, aprendizado contínuo e inovação orientada por propósito.

Leia mais: Colaboração e inovação: importância e impacto nos negócios

A transformação não virá apenas de novas tecnologias, mas de novas mentalidades empresariais.

Empresas que compreendem a interdependência entre ecossistemas, ambientais, sociais e econômicos, estarão mais preparadas para criar valor duradouro e contribuir para uma economia de baixo carbono e alto impacto positivo.

Antes de ir embora, fique com algumas respostas para as perguntas mais frequentes sobre empreendedorismo sustentável.

O que é empreendedorismo sustentável?

É o modelo de negócio que une propósito, inovação e impacto positivo, buscando gerar valor econômico, social e ambiental de forma integrada e contínua.

Por que o empreendedorismo sustentável é importante para as empresas?

Porque ele transforma sustentabilidade em estratégia de negócio, reduz riscos, atrai investidores e aumenta a competitividade de longo prazo.

O que é o estudo Trajetórias Sustentáveis?

É uma pesquisa realizada pela a guilda em parceria com o Cubo Itaú, que investiga como novas práticas e conceitos de sustentabilidade estão moldando o futuro dos negócios.

Como empresas podem aplicar práticas ESG e inovação sustentável?

Integrando ESG à estratégia central, redesenhando métricas de valor e promovendo colaboração com startups, universidades e hubs de inovação.

Qual é o papel das startups na sustentabilidade corporativa?

As startups atuam como catalisadoras de inovação verde, oferecendo tecnologias e modelos de impacto que ajudam grandes empresas a acelerar sua transição sustentável.

Como o Cubo apoia o empreendedorismo sustentável?

Conectando corporações, startups e especialistas em um ecossistema de inovação que fomenta impacto positivo e crescimento consciente.

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