Tipos de inteligência artificial: conheça os principais

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Tempo de Leitura: 6 minutos

Falar sobre inteligência artificial em 2025 não é mais exclusividade das techs. Ela já faz parte da infraestrutura de decisão de empresas de todos os setores. E entender o que é IA deixou de ser apenas um assunto técnico para se tornar estratégico.

Presente em ferramentas cotidianas e estratégias de crescimento robustas, a inteligência artificial deixou de ser promessa para se tornar realidade operacional. Ainda assim, muitas organizações seguem com dúvidas sobre quais são os tipos de IA e como aplicá-los com clareza e retorno.

Neste conteúdo, organizamos as principais classificações da IA, com foco no que já funciona, no que está em desenvolvimento e no que impacta diretamente inovação, estratégia e cultura de dados.

Resumo

A IA já faz parte da infraestrutura das empresas e não é mais restrita ao setor tech.
Existem diferentes tipos de inteligência artificial, cada um com nível de autonomia e aplicação prática, da IA fraca à IA generativa.
Compreender essas classificações é essencial para aplicar a IA com estratégia, maturidade e retorno.

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Tipos de IA por capacidade cognitiva: o quanto uma IA pode pensar?

Quando pensamos nos tipos de inteligência artificial, uma das classificações mais tradicionais se baseia na capacidade cognitiva: até onde uma IA pode simular ou superar o raciocínio humano? A escala cognitiva ajuda a entender o nível de autonomia e adaptabilidade de cada tecnologia.

IA fraca (ou Estreita)

É a IA que conhecemos hoje. Especializada em uma tarefa, com desempenho eficiente, mas sem entendimento real sobre o contexto.

Exemplos práticos:

  • Recomendação de produtos
  • Chatbots transacionais
  • Algoritmos de previsão de demanda

IA geral (AGI – Artificial General Intelligence)

Ainda teórica, a AGI seria capaz de aprender e executar qualquer tarefa cognitiva humana. É o horizonte onde a IA deixa de ser treinada para tarefas e passa a ser ensinada por problemas. Esse salto exigirá novas formas de governança e ética em inovação.

Superinteligência artificial (ASI)

No campo da ficção e da filosofia. A ASI representaria uma IA com inteligência superior à humana. A discussão aqui não é apenas sobre viabilidade, mas sobre controle, regulação e implicações para a humanidade.

Tipos de IA por capacidade

Tipos de IA por funcionalidade: o que ela já entrega hoje?

Se a classificação por capacidade mostra “onde queremos chegar”, a classificação funcional responde “o que conseguimos fazer agora”.

É a abordagem mais usada por universidades (como Stanford), centros de pesquisa aplicada e times de produto que precisam decidir que tipo de IA adotar hoje.

Máquinas reativas

Executam ações baseadas em estímulos imediatos. Não aprendem nem armazenam memória.

Exemplos:

  • Linhas de produção automatizadas
  • Jogos 
  • Sistemas que reagem a eventos únicos

IA com memória limitada

Aprende com dados recentes e melhora decisões com base nesse histórico. É a IA dominante no mercado atual.

Aplicações recorrentes no ecossistema:

  • Modelos preditivos de churn
  • Carros autônomos
  • Assistentes de escrita com personalização de contexto

IA com teoria da mente

Ainda em fase conceitual, busca simular empatia: entender emoções, crenças e intenções humanas.

Perspectiva futura: IA em atendimento ao cliente, educação e saúde mental, com ajuste de linguagem conforme o estado emocional do usuário.

IA autoconsciente

Hipótese filosófica. Seria uma IA com autoconsciência. Não há aplicações práticas, mas o tema serve como alerta para debates regulatórios e éticos sobre os limites do avanço tecnológico.

Essa visão funcional complementa a análise por capacidade e ajuda a responder quais são os tipos de IA mais usados hoje, com aplicações reais e mensuráveis.

Tabela tipos de IA por funcionalidade

IA Generativa: o tipo de inteligência artificial que mais cresce

Se há um tipo de tecnologia que mudou o jogo entre 2023 e 2025, é a IA Generativa. Dentro dos tipos de inteligência artificial, ela representa um novo patamar de inovação com IA, permitindo que sistemas criem conteúdos originais com base em padrões aprendidos.

Leia mais: O que é IA generativa?

Ferramentas como o ChatGPT, Gemini, Claude, Midjourney e DALL·E são exemplos práticos. Estão presentes no dia a dia de empresas que automatizam comunicação, design, P&D e análise de documentos.

Na prática, ela permite:

  • Geração de e-mails e propostas personalizadas em segundos
  • Criação de imagens para campanhas com input de texto
  • Redação de relatórios técnicos com base em dados operacionais
  • Prototipação rápida de produtos e funcionalidades

Em 2025, a IA generativa já está integrada aos principais ERPs, CRMs, plataformas de conteúdo e ferramentas de produtividade. No Cubo, acompanhamos startups que aplicam esse tipo de IA para escalar produtos com menos custo e mais personalização, seja na saúde, logística, jurídico ou crédito. 

A seguir, veja uma tabela comparativa com os principais tipos de inteligência artificial, seus níveis de maturidade e exemplos de tipos de IA em uso real:

Tipos de IA Classificação Exemplos atuais Maturidade Aplicações
IA fraca Cognitiva Recomendadores, chatbots Alta E-commerce, suporte, automação
Memória limitada Funcional Copilotos, carros autônomos Alta Marketing, logística, saúde
IA generativa Funcional ChatGPT, DALL-E, Midjourney Alta Conteúdo, produto, jurídico
Teoria da mente Funcional Em pesquisa Baixa Atendimento emocional, educação
IA geral Cognitiva Conceitual Baixa Raciocínio complexo, múltiplas tarefas
Superinteligência (ASI) Cognitiva Filosófica Conceitual Ética, regulação, futuro da IA

Na prática: a IA generativa já transforma operações complexas

No episódio #04 da série O futuro está A.I., Martin Luther (CEO da bit9) compartilhou como a IA generativa pode ser aplicada para resolver tarefas complexas do dia a dia, como a análise de contratos em linguagem natural:

“Hoje temos cases práticos em que eu consigo fazer perguntas para esse documento — tipo ‘liste todos os nomes, CPFs e empresas’ — em linguagem natural. [...] Não preciso mais de um especialista em banco de dados ou tecnologia pra fazer isso.”

Essa mudança elimina barreiras técnicas, empodera times de negócios e acelera fluxos que antes exigiam conhecimento técnico especializado. Na prática, a IA generativa já está no centro da operação, e não mais na borda experimental.

O avanço da IA generativa é um exemplo claro de como os diferentes tipos de inteligência artificial impactam as operações das empresas. Ela já é parte das principais tendências de IA observadas no ecossistema global.

Assista o episódio na íntegra: O Futuro Está A.I. | Ep. #04 | Aplicações das LLMs hoje à luz do Princípio da Relevância

Evolução e maturidade da IA: da lógica ao valor estratégico

A IA percorreu um longo caminho até se tornar ferramenta crítica de negócios. Sua evolução explica por que hoje falamos menos de “protótipos de inovação” e mais de infraestrutura de produtividade.

Linha do tempo da IA:

  • 1956–1990: Regras simbólicas e lógica formal
  • 1990–2010: Machine learning com algoritmos estatísticos
  • 2012–2018: Avanço do deep learning com redes neurais
  • 2018–2022: NLP com modelos como BERT e GPT
  • 2023–2025: IA generativa domina investimentos e uso corporativo

Na prática:

  • Startups automatizam a análise de contratos em minutos
  • Corporações personalizam a jornada do cliente com IA
  • Times ganham escala em P&D, atendimento e marketing

Hoje, a IA já está integrada a ERPs, CRMs, plataformas de BI e sistemas operacionais. O diferencial está em quem trata a IA como infraestrutura para inovação com IA, e não como projeto isolado.

O que é real e o que ainda é futuro na IA?

Em uso hoje (com maturidade):

  • IA com memória limitada: análise preditiva, motores de recomendação, copilotos
  • IA generativa: marketing, conteúdo, atendimento, jurídico

Em pesquisa e validação:

  • IA com teoria da mente: busca simular empatia e emoções humanas
  • IA geral (AGI): foco em múltiplas tarefas com raciocínio complexo
  • IA autoconsciente: ainda no campo da filosofia e da ética

A maturidade técnica e a aplicação de negócios não avançam no mesmo ritmo. No Cubo, acompanhamos empresas que operam com IA generativa hoje, enquanto discutem governança para cenários futuros mais complexos.

IA não é tendência, é infraestrutura de vantagem competitiva

Compreender os tipos de IA não é apenas uma questão conceitual. É uma decisão de negócio. Cada tipo, seja por capacidade cognitiva, funcionalidade ou aplicação, revela um caminho diferente de geração de valor.

No Cubo, acompanhamos startups que criam copilotos internos, automatizam pré-vendas com IA generativa e escalam produtos com base em dados de comportamento. A IA já transformou a forma como as empresas operam, inovam e decidem.

Se a sua organização ainda vê IA como ferramenta de apoio, talvez seja hora de virar a chave. IA é infraestrutura, e entender como integrá-la ao core é o que diferencia quem cresce de quem acompanha.

Quer entender como aplicar IA com mais maturidade na sua operação?

No Cubo, conectamos startups e grandes empresas para acelerar inovação com IA. Da cultura à tecnologia. 

Antes de você ir embora, confira as respostas para as dúvidas mais comuns sobre os tipos de inteligência artificial.

O que são os tipos de inteligência artificial?

São classificações que indicam o que é IA, como ela funciona, seu nível de autonomia e como pode ser aplicada nos negócios com foco em valor.

Qual a diferença entre IA fraca, geral e superinteligente?

  • IA fraca: específica para uma tarefa (ex: chatbot)
  • IA geral: executar qualquer tarefa humana (ainda em pesquisa)
  • Superinteligente: ultrapassa a inteligência humana (conceitual)

IA substitui ou complementa pessoas?

Complementa. Potencializa decisões, automatiza tarefas operacionais e libera tempo para foco estratégico.

Qual tipo de IA faz mais sentido para minha empresa?

Depende da maturidade do negócio e da dor a ser resolvida:

  • Operação repetitiva → IA fraca
  • Análise de padrões → IA com memória limitada
  • Conteúdo em escala → IA generativa

A IA generativa é só uma onda?

Não. Ela já está integrada a ferramentas como Google Workspace, Notion e HubSpot. O diferencial está em saber aplicá-la com estratégia e mensuração de valor.

Qual a diferença entre IA generativa e IA preditiva?

IA generativa cria novos conteúdos com base em padrões (como textos e imagens), enquanto a IA preditiva analisa dados para prever comportamentos e resultados.

Para quem é a inteligência artificial generativa?

Empresas de todos os tamanhos. Startups usam para escalar comunicação e inovação; grandes empresas, para automatizar processos e personalizar experiências.

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