Competências digitais: desenvolvimento estratégico para a IA
A era da inteligência artificial generativa vem mudando todo o conceito de competências digitais do mercado. Se no passado a transformação digital era sobre adotar ferramentas, hoje ela é sobre desenvolver pessoas capazes de usá-las com propósito.
Segundo a McKinsey, 80% das empresas já adotaram IA em algum domínio de negócio, mas 80% ainda não percebem impacto material no seu resultado financeiro. O motivo? A lacuna não é de tecnologia, mas de habilidade.
Resumo
Competências digitais são o elo entre a adoção tecnológica e o impacto real nos negócios.
Empresas que unem liderança digital e domínio técnico têm de 2 a 6 vezes mais retorno aos acionistas (McKinsey, 2025).
O aprendizado contínuo e o modelo humano + IA multi-agents podem multiplicar por 20 vezes a produtividade
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O que são competências digitais?
Competências digitais são o conjunto de habilidades técnicas, cognitivas e humanas que permitem às pessoas operar, interpretar e criar valor em um mundo orientado por dados e tecnologia.
De acordo com a McKinsey, elas se estendem desde o uso básico de ferramentas digitais até o domínio de tecnologias como IA generativa, automação e análise de dados.
Mas o ponto mais importante é cultural: toda pessoa, em qualquer cargo, precisa se tornar “techie”. Ou seja, entender como a tecnologia influencia seu trabalho e como ela pode ser aplicada para resolver problemas reais.
Empresas que investem em competências digitais não apenas reduzem os gaps de produtividade, como aumentam a resiliência organizacional e aceleram a transformação de ideias em impacto.

Da adoção à habilidade: o paradoxo da IA nas empresas
A McKinsey chama atenção para um paradoxo: a maioria das empresas que “adotaram IA” ainda não capturaram valor econômico com ela.
Isso acontece porque a adoção tecnológica sem capacitação gera dependência, não vantagem competitiva.
Leia mais: Desafios da inteligência artificial: impactos e como superá-los
Aquelas que conseguiram romper esse ciclo adotaram uma abordagem dupla:
- Investem em tecnologia.
- Desenvolvem pessoas para utilizá-las estrategicamente.
Essas organizações, segundo o estudo, têm 2 a 6 vezes mais retorno aos acionistas do que as demais, prova de que a tecnologia sem talento é só custo, mas tecnologia combinada às competências digitais é valor multiplicado.

As três camadas de competências digitais
No relatório da McKinsey, foram identificado três níveis que devem ser trabalhados em conjunto para construir uma força de trabalho digitalmente fluente:
- Fundamentos digitais para todos
Alfabetização em dados, uso de ferramentas de IA, segurança da informação e pensamento digital. É a base para que qualquer profissional compreenda o impacto tecnológico no dia a dia.
- Habilidades técnicas e analísticas
Envolvem o domínio de programação, ciência de dados, cloud computing e automação. Profissionais com essas habilidades sustentam a operação digital e impulsionam inovação em escala.
- Competências humanas e de liderança digital
Comunicação, resolução de problemas, empatia e tomada de decisão estratégica. É o que garante que a tecnologia seja utilizada de forma ética, criativa e com propósito.
Leia mais: Criatividade e inovação: como transformar ideias em ação nas empresas
Essas três dimensões formam o alicerce da organização aumentada, aquela que combina raciocínio humano com a precisão da IA.

O novo modelo de aprendizado digital
Segundo o relatório, desenvolver competências digitais exige estratégia contínua, não treinamentos isolados. As organizações que mais avançam seguem cinco prática centrais:
- Identificam as competências digitais críticas para o futuro do negócio
- Criam estratégias integradas de upskilling e reskilling, alinhadas ao planejamento corporativo
- Oferecem experiências de aprendizado rápidas e iterativas, aplicáveis no dia a dia
- Colocam o colaborador no centro, permitindo aprendizado no fluxo do trabalho
- Vinculam o aprendizado a métricas e recompensas, garantindo engajamento e sustentabilidade
Essa abordagem transforma o aprendizado em parte da rotina, e a cultura digital em ativo estratégico da empresa.

IA generativa como ferramenta de desenvolvimento
Um dos pontos mais provocativos trazidos pelo relatório da McKinsey é que a IA não substitui o aprendizado humano, ela o acelera.
Ferramentas baseadas em GenAI podem atuar como “tutores digitais”, oferecendo feedback personalizado, sugerindo trilhas de desenvolvimento e avaliando competências em tempo real.
Na prática, isso significa que aprender deixou de ser um evento e passou a ser um fluxo contínuo de interação entre pessoas e máquinas.
A colaboração humano e IA, especialmente em modelos multi-agents, pode multiplicar por 20 vezes a produtividade de uma atividade manual.
Leia mais: O que é IA generativa?

Cultura digital: o elo entre tecnologia e talento
A McKinsey reforça: a tecnologia avança mais rápido do que a cultura das empresas. E esse é o maior obstáculo da transformação digital.
Criar uma cultura digital é garantir que curiosidade, aprendizado e experimentação façam parte da cultura organizacional.
Líderes digitais precisam ser exemplos desse comportamento: aprendizes permanentes, dispostos a testar, ajustar e reaprender.

O papel da colaboração na formação de competência digitais
O desenvolvimento de competências digitais é, por essência, um processo coletivo. Nenhum profissional ou empresa evolui sozinho em um cenário tecnológico que muda todos os dias.
De acordo com a McKinsey, empresas que promovem aprendizado colaborativo e em escala implementam novas tecnologias de forma mais rápida e sustentável.
Isso porque a troca entre equipes acelera o ciclo de aprendizado: o que um time descobre, o outro aprimora, e o resultado se multiplica em toda a organização.
Essa lógica se estende para além das fronteiras da empresa. Em ecossistemas de inovação aberta, a troca com startups, corporações e parceiros estratégicos amplia o repertório, conecta práticas e torna a capacitação muito mais dinâmica e relevante.
Compartilhar experiências, erros e descobertas digitais deixa de ser uma responsabilidade individual e passam a ser um ativo coletivo, que impulsiona a transformação digital de todo o ecossistema.
Leia mais: Colaboração e inovação: importância e impacto nos negócios
Como o Cubo apoia o desenvolvimento de competências digitais
O Cubo Itaú tem sido um dos catalisadores da cultura digital na América Latina.
Um dos destaques é o curso AI-First: implementando IA como um pilar estratégico, do Cubo Academy, que ajuda empresas e líderes a compreenderem como estruturar inteligência artificial de forma prática e estratégica, desde a definição de casos de uso até a criação de uma cultura orientada por dados.
Leia mais: Cenário de inovação na LatAm: ambição alta e ecossistemas em amadurecimento

O futuro impulsionado pelas competências digitais
A nova fronteira da competitividade não está em quem adota mais ferramentas, mas em quem aprende mais rápido a usá-las extraindo valor.
Competências digitais são o elo entre a IA generativa e o impacto real nos negócios, a base para transformar o hype tecnológico em diferencial competitivo.
Leia mais: Futuro do trabalho: tendências e impacto da IA
E o Cubo segue à frente, impulsionando empresas e talentos que estão moldando a próxima geração da inovação digital.
Antes de ir embora, fique com algumas respostas para as perguntas mais frequentes sobre competências digitais.
O que são competências digitais?
São habilidades que combinam fluência tecnológica, pensamento analítico e aprendizado contínuo, permitindo transformar tecnologia em valor real.
Por que as competências digitais são importantes na era da IA?
Porque apenas equipes capacitadas conseguem usar IA de forma estratégica, gerando impacto mensurável e sustentável.
Quais são os principais tipos de competências digitais?
Fundamentais (uso e compreensão de tecnologia), técnicas (dados, IA, programação) e humanas (liderança e criatividade).
Como desenvolver as competências digitais nas empresas?
Com estratégias de upskilling contínuo, aprendizado no fluxo de trabalho e parcerias com hubs como o Cubo Itaú.
Qual o papel da liderança digital?
Inspirar a aprendizagem constante e guiar a transformação cultural que torna a inovação parte da rotina corporativa.

