Inovação nas empresas: importância e como aplicá-la

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A inovação é um elemento imprescindível para a estratégia de qualquer companhia. Conhecer seus benefícios e aplicá-la de forma sistemática no negócio é crucial para manter a competitividade e atratividade para os clientes.  

Nesse contexto, um aspecto importante é a cultura inovadora, que possibilita a disseminação da inovação pela corporação, mantendo o foco no aprimoramento contínuo no radar dos colaboradores.  

A seguir, conheça as principais vantagens da inovação nas empresas e como é possível implementá-la! 

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Importância da inovação nas empresas 

A inovação desempenha um papel fundamental para as empresas em um ambiente competitivo e de constante evolução. Entre seus benefícios estão o ganho de eficiência operacional, a otimização de recursos e o aumento de produtividade 

O aprimoramento da experiência e geração de valor para os clientes é outro ponto-chave. Ele deve ser o norte das companhias para buscar atender as necessidades dos stakeholders por meio do uso de tecnologia e/ou desenvolvimento de novos produtos e serviços 

lâmpada com ilustrações que remetem à conectividade em fundo com luzes desfocadas azul e laranja

Estabelecer uma estratégia de inovação efetiva é imprescindível para os negócios. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

Atrelar a inovação à estratégia macro da empresa é ainda a base da promoção da cultura inovadora. Esse aspecto é crucial para ampliar a visão de melhoria contínua e impulsionar a busca por novas soluções em todas as áreas da companhia.  

Assim, implementar a inovação não apenas ajuda as corporações a manterem sua posição no mercado, mas também as capacita a liderar a transformação em suas respectivas indústrias. 

Como aplicar a inovação nas empresas 

Estabelecer uma estratégia que contemple a inovação em corporações de modo estruturado, com esforços bem direcionados e acompanhamento contínuo dos resultados nem sempre é uma tarefa simples.  

Há alguns pontos, no entanto, que ajudam a ter uma visão 360° e compreender quais aspectos devem ser priorizados para criar uma cultura aberta à inovação 

É o que reforçam Jay Rao e Joseph Weintraub, autores com mais de 30 anos de experiência no treinamento com foco em inovação, liderança e empreendedorismo em corporações. 

Eles apontam que a cultura inovadora é composta pelos seguintes passos, que se interligam: recursos, processos, valores, comportamento, clima e sucesso. Entenda a seguir o papel de cada um deles: 

Recursos 

Aqui entram todos os tipos de recursos geralmente existentes em uma organização: humanos, sistemas e projetos. Contudo, o fator gente é considerado o mais crítico, já que seu comportamento pode orientar tanto os valores quanto o clima organizacional. 

Processos 

Por sua vez, os processos consistem nas tarefas responsáveis por levar à inovação. Na ocasião, os autores citam o funil de inovação, recurso usado para analisar ideias e fazer a revisão dos projetos e prototipagem. 

Valores 

São componentes intangíveis, porém que têm relevância tal para orientar prioridades e decisões. A partir deles, questões como tempo e dinheiro são empregadas. Contudo, ainda que tenham certo grau de importância, no geral os executivos não os consideram em suas avaliações.  

Seria algo como o ditado diz: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Todavia, as ações deveriam acompanhar o que diz a teoria em torno de um negócio. 

Comportamento 

É como as pessoas de fato agem. Por exemplo, na busca pela inovação nas empresas, o fato de uma equipe decidir que é hora de encerrar o ciclo de um produto e criar outro novo é uma forma de colocar em prática ações que podem convergir para que seja criada uma cultura organizacional inovadora. 

vista de cima de quatro mulheres e um homem trabalhando de forma conjunta em um projeto em uma mesa

A busca por inovação pode estar erigida a partir de seis blocos interligados entre si: recursos, processos, valores, comportamento, clima e sucesso. (Fonte: Pexels/Reprodução) 

Clima 

É como as pessoas sentem o ambiente em que atuam. Rao e Weintraub acreditam que para criar um clima inovador, é preciso:  

  • estimular o envolvimento e o entusiasmo; 
  • desafiar continuamente as pessoas; 
  • promover a aprendizagem; 
  • incentivar a autonomia. 

Sucesso 

Este quesito pode se dar de três formas distintas: externo, quando clientes e concorrentes percebem a organização como inovadora; empresarial, quando a inovação é entendida pelos pares internos; e pessoal, quando o indivíduo está orientado a agir de forma inovadora e obtém satisfação com o que faz. 

Cases para entender na prática 

Um exemplo prático de implementação desses aspectos citado pelos autores é a WLGore, indústria que desenvolve produtos químicos localizada em Delaware, nos Estados Unidos. Por lá, ao errar para testar uma hipótese, um colaborador não é penalizado. Pelo contrário: há o entendimento de que, na busca por inovação, falhar é um componente intrínseco à criatividade. 

Ainda que essa máxima prevaleça em uma cultura de inovação, as falhas também precisam ser revisadas, para entender se houve má execução ou se foram tomadas decisões ruins. Dessa forma, aprende-se e ajusta-se a rota para evitar que os mesmos erros aconteçam novamente. 

Na empresa de desenvolvimento de sistemas e software Rite-Solutions, localizada em Rhode Island, a criatividade também é vista como um componente primordial na busca pela inovação. Tanto é que, segundo Rao e Joseph Weintraub, eles criaram um processo estimulando a criatividade coletiva de uma forma inusitada. 

ilustração com fundo azul e mão segurando lâmpada com ícones que remetem à trabalho e comunicação

A inovação deve ser incentivada entre os colaboradores por meio de recompensas. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

Por lá, cada projeto é apresentado ao grupo de colaboradores, considerado como um “mercado de ações”. Cada lista de projetos pode ser avaliada a partir de US$ 10,00, que seria uma ação na bolsa de valores fictícia. São distribuídos dinheiros virtuais para cada funcionário, que pode investir na melhor ideia. Se assim o desejarem, também podem selecionar projetos para trabalhar e investir tempo. 

Mas, nem tudo fica no campo abstrato. Quando um projeto é selecionado, colocado em prática e se torna um sucesso comercial, o dinheiro fictício fornecido é trocado por dinheiro real. Ou seja, a prática do intraempreendedorismo é recompensada e estimulada entre os colaboradores, que se sentem engajados a trabalhar em projetos para além de suas frentes nas quais foram originalmente destacados. 

Criando especialistas em inovação 

A via da capacitação também é um caminho para incrementar a inovação nas empresas. Foi a aposta da Whirlpool, fabricante de eletrodomésticos sediada em Michigan, nos Estados Unidos. O seu exemplo também esteve entre os citados por ambos os autores devido aos processos sistemáticos empreendidos pela organização para tirar a inovação do papel. 

Inicialmente, a organização selecionou 75 funcionários e estimulou cada um deles para que apresentassem ideias consideradas inovadoras. Mas, não conseguiu muito sucesso a partir dessa empreitada, partindo para uma nova tentativa: matricular seus colaboradores em cursos voltados ao desenvolvimento da inovação. 

Depois, foi o momento de treinar colaboradores selecionados a dedo. Por sua nova função, passaram a ser chamados de I-Mentors. Embora essas pessoas seguissem nas funções as quais foram destacadas inicialmente, em paralelo elas deveriam facilitar projetos de inovação. Adicionalmente, foi criado uma intranet para divulgar princípios de inovação aos demais funcionários. 

O programa em si durou dois anos. Nesse período, a Whirlpool coletou cerca de 100 ideias de negócios, 40 conceitos colocados em fase de experimentação e 25 produtos e ideias prototipadas. Com o passar do tempo, o projeto se tornou audacioso, gerando muitos frutos.  

Em 2007, por exemplo, os novos produtos que foram desenvolvidos a partir da iniciativa geraram aproximadamente US$ 2,5 milhões em receitas globais e um total de US$ 4 milhões do faturamento obtido pelo negócio no ano seguinte.

mulher de frente a uma mesa realizando reunião com outras pessoas

A resistência à mudança proposta por práticas inovadoras é um aspecto comum em empresas que ainda não iniciaram uma transformação cultural. (Fonte: Pexels/Reprodução) 

A importância de manter a mente aberta à inovação 

Rao e Weintraub sugerem um ponto de atenção ao estabelecer uma estratégia e iniciar a implementação da inovação: a resistência às mudanças.  

A partir das análises feitas com o uso da ferramenta criada por eles, os autores concluíram que quanto maior é a organização, mais objeção as pessoas terão para aderir à alguma mudança proposta a partir de uma ou mais ideias inovadoras. 

Para evoluir com as iniciativas é preciso focar, então, na transformação cultural da companhia, fomentando o desenvolvimento de projetos pelos colaboradores, criando incentivos e estabelecendo uma comunicação clara com eles, além de reconhecer seus êxitos. 

Hub de inovação: caminho para transformar seu negócio 

Se a sua corporação está em busca de inovação, um bom caminho é encontrar apoio e potenciais parcerias.  

O Cubo Itaú é um hub que desde 2015 fomenta o crescimento de startups em fase de tração, contribuindo com um portfólio curado para geração de negócios e solução de desafios de corporações por meio da inovação aberta.    

Faça parte da nossa comunidade e alavanque a estratégia de inovação da sua corporação com as melhores startups do mercado! 

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Referências: 

MIT Sloan Management Review, Research Gate. 

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Somos o Cubo Itaú, uma comunidade que, desde 2015, conecta as melhores soluções para construir grandes cases de inovação para o mercado. Ao lado de nossos idealizadores, Itaú Unibanco e Redpoint eventures, e de um seleto time de startups e corporates, conquistamos o selo de um dos mais relevantes hubs de fomento ao empreendedorismo tecnológico do mundo.

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