Tipos de inovação: conheça quais são os principais, aplicações e impacto

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Tipos de inovação são classificações que ajudam a entender como, onde e com qual impacto uma transformação acontece dentro ou fora das empresas. Elas podem envolver produtos, processos, estruturas internas, modelos de negócio ou até mesmo a relação com o cliente.

Ao contrário da ideia de que inovar é sempre sobre sempre criar algo inédito, a inovação também pode ser incremental, contínua e, muitas vezes, invisível para o consumidor final, mas ainda assim estratégica para a operação.

Confira a seguir os 4 principais tipos de inovação e como eles se desdobram na prática!

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Qual a importância da inovação para sua empresa?

A inovação está por trás dos resultados que muitas corporações buscam no dia a dia: otimizar processos, reduzir custos e encontrar soluções para dores latentes das áreas internas.

Além de ganhos operacionais e diminuição de gargalos, a construção de uma cultura de inovação permite acompanhar de forma mais orgânica os avanços em tecnologia e movimentos do mercado.  

Quando os times direcionam seu olhar para a inovação, eles impulsionam o desenvolvimento de novas ideias e soluções, fortalecendo não só o próprio engajamento, mas também o valor entregue aos clientes.

Dessa maneira, os negócios se tornam mais sustentáveis, inclusive para seus colaboradores. É possível ainda trabalhar a capacidade de adaptação frente a desafios e ampliar as oportunidades de crescimento.

Leia mais: Importância da inovação nas corporações: por que colocá-la em prática?

os tipos de inovação principais

4 principais tipos de inovação

Os principais tipos de inovação são:

  • Inovação incremental
  • Inovação radical
  • Inovação disruptiva
  • Inovação aberta

Esses primeiros conceitos surgiram no início dos anos 1900, com o economista Joseph Schumpeter. De lá para cá, muita coisa mudou, mas a essência segue: inovar é romper com o padrão e criar valor.

1. Inovação incremental

A inovação incremental parte do princípio de que nem toda transformação precisa ser revolucionária para gerar impacto. Nesse caso, ela apresenta novos ângulos para produtos, serviços e outros elementos dos negócios.

Esse é um dos tipos de inovação mais sutis, mas otimiza processos, reduz custos e é essencial para aprimorar a experiência do cliente e aumentar a competitividade.

2. Inovação radical

A inovação radical implica criar algo novo e aplicável, que modifique significativamente a relação entre empresas e seus mercados. Não é apenas inventar, é entregar uma proposta viável, testável e que muda a lógica dominante.

Para que esse modelo aconteça, existem três pilares importantes:

  • Não deve existir nada que se assemelhe ao produto ou serviço criado
  • A solução precisa ser nova e se diferenciar da concorrência
  • Ser aplicável na realidade, solucionar problemas e influenciar todo o mercado

No Brasil, um bom exemplo é o Pix. Mais do que uma inovação incremental nos meios de pagamento, ele representou um novo sistema que mudou a maneira como pessoas e empresas movimentam dinheiro.

3. Inovação disruptiva

A inovação disruptiva ocorre quando uma solução acessível, simples e eficiente quebra o modelo dominante, olha para brechas de mercado e gradualmente redefine os padrões de entrega, preço ou experiência.

As soluções das deep techs costumam ter potencial disruptivo, por exemplo. 

Leia mais: Futuro das fintechs: previsões para os próximos anos

4. Inovação aberta

Boa parte das inovações mais relevantes que surgem hoje não nascem dentro de uma única empresa, mas da conexão entre diferentes agentes do ecossistema.

Esse é o princípio da inovação aberta: ao invés de desenvolver soluções apenas com recursos internos, empresas se abrem para colaborar com startups, universidades, hubs e parceiros estratégicos.

Na prática, inovação aberta significa acelerar o tempo de resposta ao mercado, reduzir riscos de desenvolvimento e acessar competências que a empresa não domina. Tudo isso com um grau maior de agilidade.

Leia mais: Qual a diferença entre inovação aberta e fechada?

Outros tipos de inovação

A digitalização, a globalização e o avanço das tecnologias emergentes transformaram não só o que significa inovar, mas como, onde e com quem a inovação acontece.

Hoje, reconhecemos que isso vai além de produto ou tecnologia. Pode estar na forma como uma empresa se organiza, no modo como se relaciona com o cliente, no modelo de receita ou na estratégia de marca.

Vamos expandir para outros tipos de inovação que já fazem parte da realidade de quem busca relevância, agilidade e escalabilidade em seu mercado.

Inovação de produto

Envolve tanto a criação de um novo produto quanto a melhoria de funcionalidades em algo já existente. Mas inovar em produto não é apenas adicionar recursos, é reposicionar a proposta de valor.

Incluir GPS e central multimídia como padrão em veículos populares, por exemplo, reposiciona a experiência de uso e pode influenciar diretamente a decisão de compra.

os tipos de inovação segundo o manual de oslo

Inovação de serviço

Aqui, o foco está em mudar como o valor é entregue ao cliente, redesenhando jornadas, pontos de contato e formas de uso. A digitalização de serviços tradicionais (como consultas médicas ou delivery de supermercado) são exemplos recorrentes.

A inovação em serviço também se relaciona com comodidade, velocidade, segurança e personalização, e depende fortemente de tecnologias como inteligência artificial, bots e análise preditiva.

Inovação em marketing

Inovação de marketing é reinventar a maneira como produtos e serviços são posicionados, vendidos e comunicados. Ela envolve entender o comportamento do consumidor em profundidade, personalizar experiências e testar formatos que fogem do convencional.

Empresas que antecipam tendências de consumo e constroem narrativas autênticas têm vantagens competitivas mesmo com ofertas semelhantes às da concorrência.

Inovação de processo

Otimizar é uma das formas mais eficazes de aumentar produtividade e reduzir desperdícios. Geralmente, isso envolve automação de tarefas repetitivas, uso de sensores e IoT na cadeia de suprimentos e adoção de plataformas integradas.

Organizações que enfrentam margens pressionadas, escala operacional ou alta complexidade regulatória encontram na inovação de processos uma via direta para eficiência.

Inovação no modelo organizacional

Vai além da operação e entra na forma como a empresa se organiza para inovar. É o que acontece quando times passam a trabalhar em squads ou quando novas formas de liderança descentralizada são testadas.

Essa mudança pode ser provocada por necessidade (como a pandemia fez com o trabalho remoto) ou por estratégia (como empresas que adotam metodologia ágil para acelerar ciclos de inovação).

Leia mais: Colaboração e inovação: importância e impacto nos negócios

Inovação no modelo de negócio

Quando a inovação corporativa chega no modelo de negócio, estamos falando sobre reimaginar como a empresa opera, não apenas o que ela entrega. Envolve mudar canais, fontes de receita, relacionamento com o cliente, estrutura de custos ou proposta de valor central.

A Amazon que, além do e-commerce, tornou-se uma potência em infraestrutura com o AWS. Ou o caso da HBO, que passou da assinatura por TV para o modelo on-demand via streaming.

framework com 15 tipos de inovação para empresas

Inovação tecnológica

Como o próprio nome sugere, é um dos tipos de inovação que envolve a adoção e aplicação de novas tecnologias que aceleram processos ou criam novas formas de relacionamento.

Exemplos como IA, blockchain, computação em nuvem e biometria são tecnologias que, quando aplicadas com estratégia, ampliam o alcance da empresa e reduzem o tempo de resposta ao mercado.

Inovação logística

A inovação logística foca na melhoria das etapas de armazenagem, transporte e distribuição. Tem impacto direto sobre prazos, custos e a percepção do cliente.

Na prática, isso reduz gargalos e otimiza o fluxo operacional para as empresas, mas não para por aí: a abordagem melhora a experiência com entregas mais ágeis e contribui para a sustentabilidade ao racionalizar rotas.

Leia mais: Logtechs: uma questão de logística, desenvolvimento e união

Inovação no modelo de receita

Mudanças nos hábitos de consumo e nos canais digitais tornaram a inovação de receita uma frente crítica. É quando a empresa redefine como transforma valor em retorno financeiro, seja por assinatura, recorrência, pacotes, cross-sell, modelo freemium ou uso sob demanda.

Em outras palavras, é uma ótima oportunidade para aumentar a previsibilidade financeira, criar barreiras de saída para clientes e melhorar rentabilização sem necessariamente escalar a operação.

Inovação de rede

Aqui, a inovação surge da colaboração com outros players, não necessariamente via CVC ou aquisição, mas por meio de parcerias estruturadas, cocriação e compartilhamento de conhecimento, canal ou base de clientes.

Os resultados mais comuns são acesso a competências complementares, entrada em mercados onde a empresa não tem presença e geração de valor compartilhado com menos risco isolado.

Inovação de performance

Pode estar relacionado à performance ou ao sistema. O foco da inovação de performance refina as funcionalidades, usabilidade, durabilidade ou desempenho do produto já existente.

Já a inovação de sistema de produto combina soluções para criar uma proposta de valor mais robusta e sinérgica, maximizando a experiência do cliente e aumentando o ticket médio.

como a inovação se manifesta nas empresas

Inovação de canais

Inovação de canais é sobre reinventar como o produto ou o serviço chega até o cliente. Mais do que abrir um novo canal, trata-se de integrar pontos de contato e oferecer experiências contínuas, o que ganha força com o avanço do omnichannel, da mobilidade e da digitalização do consumo.

Inovação de marca

Inovar na marca não é só sobre redesign, é reposicionar significado, propósito e narrativa. Muitas vezes, é o reflexo externo de transformações internas. É uma abordagem determinante para o sucesso, já que o processo não só atrai novos públicos como também fortalece o relacionamento com os clientes atuais.

Inovação de engajamento do consumidor

Trata-se de aprofundar a conexão emocional com o cliente, criando experiências memoráveis, personalizadas e participativas. Inovar no engajamento vai além da comunicação e atinge a experiência emocional e a construção de vínculo com a audiência.

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Como aplicar a inovação de forma estruturada?

Seja para mudar ou evoluir setores, seja para desenvolver melhorias em produtos bem estabelecidos, os processos de inovação transformam a maneira como o mercado opera e cria soluções.

Mas se engana quem pensa que a inovação nasce do dia para a noite. É fundamental seguir as etapas que compõem o funil de inovação, tornando a jornada mais estruturada e viável para a implementação das soluções.

Isso exige visão estratégica, passos bem definidos e capacidade de execução. Aqui está uma abordagem prática, pensada para o meio corporativo:

Faça um diagnóstico estratégico

Antes de pensar em soluções, olhe para os desafios centrais da sua empresa e reflita sobre onde a inovação é mais urgente.

Há pressão por eficiência operacional? A experiência do cliente está desatualizada? Existe uma ameaça competitiva emergente? O modelo de receita atual tem futuro? Mapear essas tensões ajuda a definir a natureza da inovação.

Identifique a inovação ideal para o momento da empresa

Nem toda empresa precisa começar com disrupção, e nem sempre mudar os processos internos ou modelos de negócio da água para o vinho é o melhor caminho. Para acertar na escolha:

  • Considere a maturidade organizacional
  • Avalie os recursos disponíveis (tempo, capital e apoio interno)
  • Alinhe com os objetivos de negócio
  • Analise se o seu setor exige abordagens mais ousadas

Depois de refletir sobre cada um desses pontos, é possível definir com mais inteligência as ferramentas, os parceiros e o ritmo do processo.

Estruture um funil de inovação

Em resumo, essa etapa é sobre organizar as iniciativas em estágios: ideação, prototipagem, validação, escala. Isso permite experimentar com segurança, orientar as prioridades e evitar o erro comum de inovar por modismo.

Leia mais: Funil de inovação: o que é, quais são as etapas e como aplicar

Colabore com quem entende de inovação aberta

Mesmo com times dedicados, orçamentos robustos e tecnologia interna, a inovação aberta se mostrou o modelo mais eficaz para grandes empresas inovarem com velocidade, relevância e escala.

E é exatamente aqui que entra o papel do Cubo for Corporates e seus benefícios para corporações:

  • Acesso privilegiado a startups curadas com soluções reais, já testadas e alinhadas com os desafios corporativos
  • Conexões com parceiros estratégicos e investidores para cocriar soluções, acelerar decisões e abrir novas verticais de negócio
  • Um ambiente omnicanal de troca e inspiração, com eventos, workshops e jornadas de conexão
  • Fortalecimento da cultura de inovação dentro da empresa, com visibilidade institucional, atração de talentos e reputação no ecossistema

Aqui, empresas não observam a inovação de longe, elas fazem parte da construção do seu futuro. Se você está em busca de soluções reais, conexões qualificadas e impacto concreto, o Cubo Itaú é o lugar certo para liderar essa jornada.

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