A transformação digital é o princípio que direciona a aplicação de tecnologia para aprimorar a entrega de valor e os resultados de um negócio, além de acompanhar as mudanças constantes do mercado.
Quando falamos em transformação digital, falamos sobre direcionar tecnologia ao coração do negócio, repensando produtos, operações e a experiência que entregamos ao cliente.
Essa mudança não acontece apenas com a adoção de sistemas: ela exige liderança, cultura, dados, arquitetura técnica e uma capacidade contínua de aprender e se adaptar.
Resumo
Transformação digital é uma estratégia de negócio, não uma iniciativa de tecnologia.
IA e dados estão redefinindo como empresas criam produtos, operam e entregam valor.
Liderança, cultura e aprendizado são o que sustentam o impacto real da transformação.
Navegue pelo conteúdo.
- O que é transformação digital?
- Por que a transformação digital é essencial agora
- Benefícios da transformação digital
- Fundamentos que sustentam a jornada da transformação digital
- Como implementar a transformação digital
- Desafios do processo de transformação digital
- O papel dos ecossistemas
O que é transformação digital?
Transformação digital é o processo em que empresas aplicam novas tecnologias em seus processos e operações com objetivo de acompanhar as evoluções tecnológicas, além de garantir maior competitividade e melhores resultados.
O conceito pode ser visto como uma mudança de mentalidade, uma vez que altera a base do pensamento de pessoas e empresas, jogando o foco do desenvolvimento também para o nível de integração tecnológica no core business.
Assim, a transformação digital se diferencia do processo de digitalização, que se resume à conversão de informações analógicas em formatos digitais, como documentos, processos e registros migrados para formatos eletrônicos.
A ideia é que a tecnologia seja uma aliada do desenvolvimento, transformando processos e mudando definitivamente o modo como as empresas produzem, se organizam, se relacionam e se posicionam diante do mercado.
Na prática, significa:
- Reimaginar produtos: incorporar dados e IA para torná-los mais relevantes, previsíveis e personalizados.
- Redesenhar operações: substituir rotinas lineares por fluxos orientados por dados e automação, reduzindo retrabalho e elevando qualidade de ponta a ponta.
- Reinventar a entrega de valor: conectar canais, reduzir atritos e garantir experiências consistentes em todos os pontos de contato, do onboarding ao suporte.
Segundo o Latin America Digital Transformation Report 2025, estudo da Altantico apoiado pelo Cubo, empresas estão reconfigurando seus workflows e papéis para capturar os ganhos trazidos pela IA.
Por que a transformação digital é essencial agora
A tentação de reduzir a transformação digital a “ganhos de eficiência” é grande e, sim, eficiência importa. Mas o impacto mais profundo aparece quando a tecnologia muda o que a empresa é capaz de fazer:
- Lançar versões mais rápido;
- Aprender com cada interação;
- Antecipar riscos;
- Personalizar ofertas em escala;
- Destravar novos modelos de receita.
De acordo com o relatório, a adoção de IA com impacto na América Latina já supera a dos EUA em diversos casos de uso, especialmente em coding, conteúdo e produto.
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Isso mostra que a região não está apenas consumindo tecnologia, mas reconstruindo o trabalho e o produto com IA no centro.
Na curva de adoção apresentada pelo estudo da Atlantico:
- 30% das empresas são AI-native (IA no núcleo da proposta de valor);
- 41% AI-enhanced (produtos com recursos de IA);
- 22% AI-assisted (uso intensivo de IA nas operações);
- 7% AI-curious (em fase de experimentação interna).
Para as lideranças, isso é um mapa de maturidade. A maioria já adotou a IA de forma estruturada, quem ainda está “testando” precisa reduzir o gap operacional (processos, dados, governança) e o cultural (competências, gestão) para capturar valor de forma escalável.
Benefícios da transformação digital
Confira abaixo algumas das vantagens que corporações podem alcançar ao aplicar e praticar a transformação digital em sua cultura e core business:
- Mais competitividade — negócios que adotam tecnologias e sistemas digitais ganham em agilidade e conseguem chegar aos clientes com mais facilidade, chegando à frente de seus concorrentes.
- Operação eficiente — com tecnologia de ponta adequada aos seus processos, as companhias podem se beneficiar das automações e reduzir os erros, melhorando a eficiência de suas ações e reduzindo custos operacionais.
- Inovação constante — o apoio da transformação digital permite olhar para cenários inéditos e, assim, criar serviços e produtos inovadores e sempre com mais criatividade para o momento do mercado.
- Potencial de escalabilidade — tanto no marketing quanto na operação, a tecnologia ajuda as ideias a chegarem mais rapidamente e a mais lugares, gerando escala e alto potencial de crescimento global.
- Melhoria na experiência do cliente — entender o perfil do cliente e falar de forma individual com cada um deles são possibilidades que as tecnologias oferecem, por meio de personalização e comunicações cada vez melhores com foco em fidelização dos clientes.
Fundamentos que sustentam a jornada da transformação digital
É possível organizar a execução em cinco frentes que sustentam empresas que conseguem transformar com consistência.
1. Estratégia, liderança e cultura
Transformar é decidir diferente, e isso exige direção clara e patrocínio real.
Empresas que avançam alinham objetivos de negócio a OKRs de dados e IA, criam ritos de decisão baseados em evidências e cultivam ambientes que valorizam experimentação e aprendizado rápido.
2. Produto e experiência orientados por dados e IA
A vantagem competitiva migra para quem transforma dados em features e jornadas inteligentes.
A adoção acelerada de IA na América Latina em coding, conteúdo e produto mostra times mais maduros, incorporando IA a tarefas de desenvolvimento, qualidade e relacionamento com o cliente.
3. Operações, automação e eficiência
Casos reais do relatório ilustram o potencial da automação:
Em empresas de meios de pagamento, agentes de IA já operam no core, bloqueando fraudes, resolvendo tickets automaticamente e economizando milhões de dólares em custos.
Automação, quando integrada à governança de dados e ao desenho do processo, libera especialistas para o que realmente exige julgamento humano.
4. Fundamentos técnicos (cloud, dados e agentes de IA)
Arquitetura em nuvem para escalar elasticamente. Governança de dados robusta para alimentar modelos com qualidade. E uma nova geração de agentes inteligentes, em piloto ou produção, nas empresas AI-native mapeadas pelo relatório.
A escolha de modelos segue lógica pragmática: equilíbrio entre acurácia, custo, privacidade e latência.
5. Talentos e ecossistema
A escassez de habilidades em IA e produto é real e o relatório mostra que muitas empresas já reconfiguram headcount conforme a produtividade aumenta.
Ao mesmo tempo, o ecossistema cresce: o Brasil está entre os maiores hubs de desenvolvedores do GitHub, e o efeito rede entre scale-ups, unicórnios e startups acelera aprendizado e tração.
Como implementar a transformação digital
Experimentar é necessário, mas escalar é estratégico. Ficar preso em pilotos sem operação real gera frustração e desgaste interno.
Empresas que conseguem transformar de forma consistente têm em comum quatro práticas:
- Casos de uso com dono e meta de negócio — todo teste precisa ter um patrocinador do lado do negócio, uma tese de valor (tempo, custo, receita ou risco) e indicadores claros.
- Linha de produção de dados e modelos — coleta, tratamento, treinamento, validação e acompanhamento contínuo, garantindo aprendizado iterativo.
- Governança prática — políticas de privacidade e ética, documentação dos modelos e critérios objetivos de aprovação.
- Formação contínua das pessoas — aprendizado conectado a desafios reais, com tempo para prática e comunidades internas que compartilham soluções.
Transformação digital é organizar o aprendizado. A agenda de IA é técnica, mas também humana: muda o desenho do trabalho e a forma como times colaboram. Quem entende isso desbloqueia duas alavancas simultâneas — eficiência e crescimento.
Desafios do processo de transformação digital
O relatório não traz uma lista fechada de desafios com percentuais, mas evidencia quatro pontos críticos:
- Cultura e mudança: redefinir papéis e rituais de decisão mexe com identidades profissionais — exige comunicação clara e patrocínio ativo da liderança.
- Pessoas e formação: sem capacitação contínua, as ferramentas viram ilhas. Programas práticos aceleram a maturidade digital.
- Base técnica e dados: falhas de dados ou arquitetura pesada travam projetos. Cloud e monitoramento reduzem tempo de ajuste e melhoram qualidade.
- Silos e priorização: transformar tudo de uma vez é inviável. Comece por duas ou três frentes com patrocinadores fortes, gere valor visível e escale por contágio.
O papel dos ecossistemas
O Digital Transformation Report 2025 mostra como efeitos de rede, talentos, capital e colaboração aceleram ciclos de inovação na região.
No Cubo, nossa missão é encurtar essa distância todos os dias — aproximando corporações e startups, colocando IA aplicada, cultura de dados e transformação organizacional no centro da prática.
Antes de ir embora, fique com as respostas para as perguntas mais frequentes sobre transformação digital.
Qual a definição de transformação digital?
É o processo de usar tecnologia e dados para reinventar produtos, operações e experiências de clientes, conectando inovação à estratégia de negócio.
Quais os maiores desafios da transformação digital?
Mudança cultural, escassez de talentos especializados, silos organizacionais e bases técnicas fragmentadas. Tudo isso exige liderança ativa e aprendizado contínuo.
Qual o papel do Cubo Itaú na transformação digital das empresas?
O Cubo conecta startups, corporações e investidores em um ecossistema de colaboração e aprendizado, ajudando empresas a aplicar IA, cultura de dados e inovação organizacional com impacto real.
